Arquivo mensal: novembro 2019

O Irlandês – Critica

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Por Guilherme Callegari

 

O Irlandês (2019-3h 30m-16 anos)

 

Sinopse: Conhecido como “O Irlandês”, Frank Sheeran (Robert De Niro) é um veterano de guerra cheio de condecorações que concilia a vida de caminhoneiro com a de assassino de aluguel número um da máfia. Promovido a líder sindical, ele torna-se o principal suspeito quando o mais famoso ex-presidente da associação desaparece misteriosamente.

 

Pontos positivos: O primeiro ponto positivo do filme vai para a direção, que direção maravilhosa, todos sabemos que Martin Scorsese é um especialista em filmes de máfia e aqui ele mostra o porque é tão especialista no gênero, a sutileza na forma de conduzir as cenas quando é necessário, quando precisa de algo mais firme ele também faz com perfeição, ele dirige atores como ninguém, sem contar que nada para ele é em vão no filme, tudo está lá por um motivo que acrescente algo a história, ver o trabalho que esse cara faz é uma honra. A fotografia do filme também é muito boa, consegue passar bem, desde a época que estamos, a cenas mais escuras, com luzes mais baixas sempre dando a impressão de ser algo de máfia, uma fotografia que conversa perfeitamente com a direção. A trilha sonora do filme também é um show à parte, músicas que funcionam perfeitamente para conduzir a história, como para construir o clima, eu adorei a trilha sonora do longa. E se, tecnicamente, o filme é perfeito, na parte de elenco, também tem um presente, começando pelos ótimos atores secundários escolhidos, que entregam bem os seus papeis, nenhum está mal no filme. Mas o foco não são eles e sim o trio principal, Robert De Niro, Joe Pesci e Al Pacino, os três entregam personagens completamente diferentes, com histórias próprias, mais com muito para contar e com uma atuação brilhante, Al Pacino fazendo o mais estourado, que gesticula mais, Joe Pesci mais o cara que fala baixo, mais contido, mais que diz muito só com o olhar, e Robert De Niro fazendo o carismático. Um trio maravilhoso, com atuações que vale destacar. A história do filme é muito boa, como ela não para um minuto e, mesmo com muitos conflitos, nunca se perde, você entende tudo e entende como cada uma daquelas coisas que estão acontecendo se ligam perfeitamente. Para fechar, o final, um final triste, um final melancólico, mas necessário e muito bem feito.

 

Pontos negativos: O primeiro problema do filme para mim vai em relação as personagens femininas, principalmente a Peggy filha do protagonista, Frank, eu entendo o que Martin Scorsese quis fazer aqui, ele não quis dar fala para as personagens femininas, para mostrar como era na época, onde as mulheres não tinham lugar de fala, tanto que as personagens femininas quase não falam nesse filme, e achei uma ideia genial, mas a Peggy precisava falar, para mim, ela não ter longos diálogos, ou não ter uma cena marcante com o Frank, acabou na minha opinião fazendo falta no final, principalmente, para algo mais emocional. Sem contar que é a atriz Anna Paquin que está fazendo, não dar diálogos para ela é um desperdício de uma atriz gigante. O filme apesar de ser bom de assistir, ele cansa, afinal, são três horas e meia de um longa pesado, de uma história pesada, dessa forma ele acaba cansando um pouco.

 

Dica: Para mim tem dois filmes do Martin Scorsese que são essenciais serem assistidos para quem gostou do “O Irlandês”, que são: “Os Bons Companheiros” que tem a seguinte sinopse: Um jovem cresce na máfia e trabalha arduamente para crescer entre seus companheiros. Ele gosta da vida de dinheiro e luxo, mas não liga para o horror que provoca. Infelizmente, a dependência de drogas e alguns erros finalmente destroem sua escalada até o topo. Baseado no livro Wiseguy por Nicholas Pileggi. E o filme “Cassino” que tem a seguinte sinopse: No início dos anos 70, o mafioso Sam Rothstein é encarregado de administrar um cassino em Las Vegas. Inicialmente, ele e o amigo Nicky Santoro, com tendências violentas, conseguem transformar a casa de jogos em um verdadeiro império. Mas Sam tem uma fraqueza: ele se apaixona e casa com a bela Ginger, uma ex-prostituta ainda ligada a um trambiqueiro. Com o passar dos anos, a fortuna de Ace vai diminuindo, e ele questiona se esses dois comparsas foram a real causa do seu declínio. Com isso, vá atrás desses dois filmes que tenho certeza que não irá se arrepender.

 

Curiosidade: “O Irlandês” é a adaptação do livro “I Heard You Paint Houses: Frank ‘The Irishman’ Sheeran and Closing the Case on Jimmy Hoffa”, de Charles Brandt. Esse é o segundo filme que conta a história do personagem Jimmy Hoffa, o primeiro, que se chama “Hoffa – Um Homem, Uma Lenda”, foi dirigido por Danny DeVito e lançado em 1992. Jack Nicholson interpretou Hoffa e concorreu ao Globo de Ouro pelo papel.  Esse é o filme mais longo da carreira do Scorcese, ele tem três horas e meia.  E também o mais longo dentre as produções originais da Netflix. Outra curiosidade é que essa é a primeira vez que Scorcese e Al Pacino trabalham juntos. O filme não saiu barato para a Netflix, foram desembolsados 175 milhões de dólares. A última vez que o trio Robert de Niro, Joe Pesci e Martin Scorsese fizeram um filme juntos foi em 1995, no longa “Cassino”.

 

Conclusão: Com toda certeza esse é um dos melhores filmes do ano, acredito que deva concorrer a milhares de prêmios, como: direção, fotografia, atuação, tanto principal como secundária, se ele vai ganhar esses prêmios é outra coisa, mas que pelo menos merece disputá-los, isso eu tenho certeza. E digo mais, esse é aquele filme que quem gosta de cinema tem que assistir, não pode perder, e mesmo com alguns pequenos problemas, que não tiram a grandeza desse filme, pois, quando você assiste 3h30 de filme e não sente cansaço e ainda queria ter visto no cinema não é para qualquer um. Então, aproveita que o longa é da Netflix e reserva um bom tempo do seu dia e vá atrás dele.

 

O Irlandês – Nota:10

 

O Irlandês – Trailer

O Irlandês – Trilha sonora

Shrek – Critica

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Por Guilherme Callegari

 

Shrek (2001-1h 35m-Livre)

 

Sinopse: Em um pântano distante vive Shrek (Mike Myers), um ogro solitário que vê, sem mais nem menos, sua vida ser invadida por uma série de personagens de contos de fada, como três ratos cegos, um grande e malvado lobo e ainda três porcos que não têm um lugar onde morar. Todos eles foram expulsos de seus lares pelo maligno Lorde Farquaad (John Lithgow). Determinado a recuperar a tranquilidade de antes, Shrek resolve encontrar Farquaad e com ele faz um acordo: todos os personagens poderão retornar aos seus lares se ele e seu amigo Burro (Eddie Murphy) resgatarem uma bela princesa (Cameron Diaz), que é prisioneira de um dragão. Porém, quando Shrek e o Burro enfim conseguem resgatar a princesa logo eles descobrem que seus problemas estão apenas começando.

 

Pontos positivos: Começar falando do humor do filme, que humor sensacional, com piadas que funcionam perfeitamente tanto para adultos como para crianças, mas que em momento nenhum fica algo bobo, ou infantilizado, como acaba acontecendo com muitos longas. Outro ponto que o filme manda bem é na parte das piadas de duplo sentido, todas encaixam perfeitamente, nenhuma fica forçada no filme, olha é um trabalho de impressionar o que eles fizeram nessa parte. Inclusive, queria destacara a dublagem em português, que fez adaptações perfeitas para as piadas, todas são bem adaptadas, você não sente uma estranheza ouvindo-as, recomendo que vejam em português, pois, é uma ótima dublagem. Achei interessante como utilizaram os contos de fadas para compor a história, e não como algo jogado. Gosto da história do filme, e gosto principalmente por ela ser muito clichê, afinal já vimos milhares de vezes a história da princesa presa na torre que tem que ser salva por um príncipe, mas aqui é como pegam todos os clichês envolvendo tudo dos contos de fadas e satirizam ao máximo. Os personagens são muito bons, também, tanto os personagens secundários como os principais, são personagens tirados de contos de fadas já conhecidos, mas explorados de uma forma diferente que faz com que eles tenham camadas. A trilha sonora desse longa é um show à parte, tanto a parte instrumental, como as músicas já conhecidas, são músicas que são tão boas, que ficaram marcadas como sendo do filme, você ouve e lembra de Shrek, ela mostra bem o que os personagens estão passando, e conduzem bem a história.

 

Pontos negativos: O primeiro ponto negativo do filme para mim seria em questão do final do filme, eu não tenho nada contra o final em si, mas acho que ele tem um problema que é comum em muitas animações que seria apressar o final. A prova disso é que o Shrek entrega a Fiona, vai para o pântano, mostra o burro, mostra a Fiona se preparando para o casamento, e tem todo o final, tudo isso em dez minutos, e acho que poderiam ter feito tanta coisa aí, tanta piada que foi desperdiçada por querer fazer um final muito apressado, então, para mim isso acabou sendo um problema. O outro problema que tem que ser falado é um pouco da animação, visualmente os personagens são bem feitos, e a animação até flui bem, de modo geral, mas acho que falta textura, tanto que se ver os outros filmes você sente mais textura na animação, e antes que falem que o filme era de 2001 e com isso é normal ter animações piores, saiba que já tinha saído muitas que estavam bem melhor definidas que essa.

 

Dica: A minha dica no caso desse longa seria para ir atrás dos contos de fadas que são referenciados durante o longa, é bem verdade que você não precisa disso para gostar do filme, mas é bom você ver porquê dessa forma vai conseguir pegar algumas referências, ou até entender melhor algumas piadas que eles fazem com referências diretas para o longa. Eu até faria uma lisa de qual filme deveria ir atrás, mas são tantos contos, que indicaria para ir atrás dos mais conhecidos.

 

Curiosidade: O personagem Shrek foi criado pelo escritor William Steig em 1990, sendo que apenas 5 anos depois a DreamWorks SKG e a Pacific Data Images começou a trabalhar na sua adaptação para os cinemas. Após Mike Myers completar sua função em Shrek, ele decidiu que seria melhor se tivesse dado ao personagem um sotaque escocês. Após ouvir uma fita demo com a nova voz, a DreamWorks decidiu por regravar as falas do personagem principal com este novo sotaque, gastando para isso mais US$ 4 milhões. O ator Chris Farley foi originalmente o escolhido para dar voz ao personagem Shrek. Farley chegou inclusive a gravar alguns diálogos para o personagem, mas, com sua morte, terminou sendo substituído por Mike Myers nesta função. Inicialmente seria Mauro Ramos o dublador de Shrek na versão brasileira. Ele já havia gravado toda a dublagem para o filme quando, devido a uma ação de marketing, a UIP decidiu substituí-lo por Bussunda, integrante do grupo humorístico Casseta & Planeta. Shrek foi o 1º filme de animação desde O Mundo Selvagem, de 1974, a concorrer à Palma de Ouro no Festival de Cannes.

 

Conclusão: Eu acho esse filme simplesmente sensacional, principalmente, por causa do humor que funciona perfeitamente tanto para crianças como para adultos, e quanto mais você ver o longa, mais você vai entender as piadas. Sem contar que é um filme que consegue tirar o máximo do humor em cima do gênero, é bem verdade que tem um problema ou outro que poderia ser corrigido, mas mesmo assim isso não estraga o quão esse filme é bom. Se você nunca viu o longa, eu recomendo muito que veja, e se já viu reveja que tenho certeza que vai ter uma visão diferente. Só mais uma coisa, veja dublado em português, que a dublagem desse filme é muito boa.

 

Shrek – Nota: 9,5

 

Shrek – Trailer

Shrek – Trilha sonora

Projeto Gemini – Critica

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Por Guilherme Callegari

 

Projeto Gemini (2019-1h 57m-14 anos)

 

Pontos positivos: O primeiro ponto positivo do filme para mim vai para toda parte de rejuvenescimento, toda essa parte técnica que está simplesmente impecável, é até assustador de ver quando tem dois Will Smith em cena, sendo um jovem e um velho e ficou tão natural que você até pensa “podemos ter filmes inteiros com atores velhos só que na versão jovem”, então, é de impressionar. E não é só nesse ponto técnico que o longa chama a atenção, visualmente o filme é muito bonito também, os cenários, como o diretor filma as paisagens é de impressionar, ele consegue passar como aqueles lugares tem vida, que vendo o filme, você tem vontade de viajar para lá. Para fechar, eu só queria destacar do elenco, o Will Smith, o filme tem um elenco forte, mas o único que se salva é o Will, ele fez o possível com o roteiro que tinha em mãos, e foi até que bem no papel.

 

Pontos negativos: Começar falando das cenas de ação, um dos pontos que esse filme está sendo vendido são as cenas de ação, mas sinceramente eu não gostei muito, eu gosto quando a ação é fluida, quando tudo parece mais real, e em questão de fluidez em nenhum momento acontece, tem muitos cortes, tirando todo o impacto que as lutas poderiam ter, e quanto a parecer real, no começo até que estava indo, mas eles saem do real e o filme perde peso para mim e isso é um problema. Outra coisa horrível do filme são os diálogos explicativos, o filme é cheio disso, alguém explicando algo para outra pessoa, até as cenas mais bobas, falta muita sutileza aqui. E se não bastasse diálogos expositivos, tem as cenas expositivas, mostrando como cada coisa aconteceu e assim como nos diálogos falta sutileza. Não gosto das atuações do filme, bons atores jogados apenas como alívio cômico, outros sendo colocados em funções apenas como orelha, é um elenco muito bom, mas muito mal utilizado e, até, mal dirigido. Falando em direção, achei que ela também precisava de mais peso, nas cenas de ação, na direção dos atores, e até em como conduzir a história, eu adoro o diretor, mas aqui ele foi mal. Chegamos, então, na história, a história que eles contam aqui já vimos milhares de vezes, e não mudam nada, é a mesma história clichê de sempre, sem inventividade, e não é uma boa história, que você tenha vontade de ver, nem bem escrita ela é, tanto não é bem escrita que você não se importa com nenhum personagem do filme. Falando nisso o filme tem milhares de possibilidades com essa trama, mas escolheram ir para uma área de paternidade que não me agradou, foi um desperdício total de algo que tinha muito potencial.

 

Dica: Apesar desse filme ser muito ruim, eu gosto do diretor Ang Lee, que já fez filmes como: As Aventuras de Pi, Brokeback Mountain, Razão e Sensibilidade. E com isso eu deixo esses como sendo minha dica, vão atrás desses filmes, o diretor é sensacional, não é por ter feito um filme ruim, que vai acabar apagando o seu histórico como ótimo diretor que, inclusive, já ganhou dois Oscar.

 

Curiosidade: Esse longa está fazendo algo revolucionário para o cinema, pois, tradicionalmente, os filmes têm uma forma de ser exibidos, que seria 34 frames por segundo, pois, para quem não sabe, os nossos olhos captam 24 quadros a cada segundo, o nos fornece a ilusão de movimento na tela. Já no caso da TV por exemplo, a imagem é um pouco mais alta com 30 frames por segundo. Ang Lee está revolucionando nesse ponto, e em Projeto Gemini o filme foi rodado com câmeras de 120 frames por segundo. Isso significa que a imagem é muito mais fluida, nítida e aparenta ser mais “rápida”, simplesmente, porque nosso olho está recebendo uma quantidade de informação por segundo muito maior do que o habitual. Com isso tendo uma impressão totalmente diferente.

 

Conclusão: O filme na parte de evolução tecnológica é impecável, e até acho que vai ser usado como exemplo de como usar a tecnologia, mas não é só disso que vive um filme, precisa de história bem escrita, de personagens envolventes, que tenham um bom desenvolvimento, de cenas que marquem, sejam elas feitas por diálogos, ou cenas bem dirigidas na parte da ação e esse filme não tem nada disso. Então com isso não recomendo que você veja esse longa, se procura algo de ação pode ficar tranquilo que não falta, toda semana um filme de ação sai no cinema. Com isso, nesse caso, economize seu tempo e principalmente o seu dinheiro, pois aqui seria apenas um grande desperdício.

 

Projeto Gemini – Nota: 2,0

 

Projeto Gemini – Trailer

Projeto Gemini – Trilha sonora

Um Passado de Presente – Critica

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Por Guilherme Callegari

 

Um passado de presente (2019-1h38min-Livre)

 

Sinopse: Depois que uma feiticeira transporta o cavaleiro medieval Sir Cole (Josh Whitehouse) para a época atual em Ohio, durante as festas de fim de ano, ele faz amizade com Brooke (Vanessa Hudgens), uma professora de ciências, inteligente e gentil que está desiludida pelo amor. Brooke ajuda Sir Cole a navegar no mundo moderno e tenta ajudá-lo a descobrir como cumprir sua misteriosa e verdadeira missão – o único ato que o levará de volta para casa. Mas, à medida que ele e Brooke se aproximam, Sir Cole começa a se perguntar se realmente quer voltar à sua antiga vida.

 

Pontos positivos: O primeiro ponto positivo do filme vai para sua premissa, eu acho que para um filme de natal com a temática de romance essa por mais clichê que seja, é uma boa ideia, que ainda tem espaço para ser contada algumas vezes, essa ideia de que alguém de outra época vem para o presente e encontra o amor da sua vida é interessante, só precisa ser bem usada, que na minha opinião não foi muito o que aconteceu aqui. Outro ponto que não achei ruim foi o elenco, acho que, de modo geral, o elenco não foi ruim, para mim o destaque vai para a Vanessa Hudgens é a que faz melhor a sua personagem, essa pessoa que está de certo modo desiludida com o amor, acho que dentro dos personagens ela é a que está melhor. Eu não acho a trilha sonora do filme ruim também, é bem verdade que não é uma trilha que marca muito, que vai fazer você ouvir várias vezes, mas ela não é ruim, funciona para o filme, principalmente, por ser música de natal. Acho interessante a ambientação do filme, como você sente que está realmente vivendo a época natalina, eles conseguiram fazer bem isso, pode parecer bobo, mas muito filme não faz bem isso. Para fechar, tem uma mensagem que o filme traz, que é a de ajudar o próximo que é muito interessante, e gosto que ela esteja no filme, acho que poderiam ter trabalhado melhor a ideia, mas de qualquer forma achei uma boa ideia.

 

Pontos negativos: O primeiro ponto negativo do filme vai para a direção, esse é apenas o segundo filme da diretora e, visivelmente, falta experiência para ela, sua direção não é nada inventiva, falta um algo a mais nas cenas de romance, falta uma direção melhor, até na hora de dirigir os atores você sente que a diretora precisava ser melhor, tanto que o ator Josh Whitehouse é o que mais sofre com uma falta de direção mais experiente, eu não gostei de quase nada em questão de direção do filme. Com isso chegamos no casal, eu não gosto do casal do filme, acho que eles em momento nenhum te convencem que são um casal, você não entende o motivo de um se apaixonar pelo outro, é um casal sem química, sem sal, e para um filme de romance isso seria fundamental. Ao ler a sinopse fica obvio que eles vão apelar para aquelas piadas do cara de outro tempo mexendo com produtos da nossa realidade, mas, primeiro que essa temática já foi usada várias vezes e esses momentos não têm graça, junto com um roteiro que não sabe introduzir bem essas piadas, fica um filme bem sem graça na parte de comédia. Eu tenho um problema grande com o motivo do cavaleiro ter ido para os dias atuais, acho que poderia ser a desculpa mais clichê do mundo, mas a que eles escolheram não faz sentido nenhum. O filme parece que esquece qual é o plot, e com isso a cada cinco minutos repete tudo que já foi falado, parece que está chamando o público de burro, que não entende algo tão fácil. O filme tem um tempo de urgência, mas o ritmo do filme é tão ruim, a direção é tão ruim, que esse clima de urgência nunca é bem construído, e com isso, em momento nenhum, você sente medo pelo que pode acontecer como o filme.

 

Dica: Um Passado de Presente não é um filme que eu recomendo, mas eu gosto desse tipo de filme, que seria romance que se passa no natal. Então vou recomendar, um filme que eu gosto muito, que tem esse estilo e que acredito que todos deveriam ver. O filme é Simplesmente Amor, e essa é essa sinopse: O novo Primeiro-Ministro da Inglaterra (Hugh Grant) se apaixona por uma de suas funcionárias, Natalie (Martine McCutcheon). Numa tentativa de curar seu coração, um escritor (Colin Firth) parte para o sul da França e lá acaba se apaixonando. Karen (Emma Thompson) desconfia que Harry (Alan Rickman), seu marido, a está traindo. Juliet (Keira Knightley), que se casou recentemente, desconfia dos olhares e intenções de Mark (Andrew Lincoln), o melhor amigo de seu marido. Sam (Thomas Sangster) tem por objetivo chamar a atenção da garota mais difícil da escola. Sarah (Laura Linney) enfim tem a grande chance de sair com Karl (Rodrigo Santoro), por quem mantém uma paixão silenciosa. Billy Mack (Bill Nighy) busca retomar sua carreira como astro do rock. A vida de todos estes personagens se entrelaçam e são modificadas pela presença do amor em suas vidas.

 

Curiosidade: Esse não é o primeiro filme da atriz Vanessa Hudgens em parceria com a Netflix, ano passado ela fez o longa “A Princesa e a Plebeia”. Os dois filmes se passam no Natal, inclusive. Esse é apenas o segundo filme da diretora Monika Mitchell, o outro longa que ela dirigiu se chama “Te Prometo Ser Fiel”.

 

Conclusão: Eu não gostei do filme, e não é pelos clichês, pois, quando entro para ver um filme desses, com essa sinopse eu já espero algo clichê, mas se for bem feito isso não é um problema, nesse caso é mal feito. Sem contar que o casal não tem química, e muitas boas ideias, foram mal utilizadas. E o filme até tem seus pontos positivos, mas não faz ele escapar de ser bem ruim. Com tudo isso falado não tem como recomendar que você veja Um Passado de Presente, gaste seu tempo com outras longas, porque filmes de romance que se passam no natal, não falta opção.

 

Um Passado de Presente – Nota:2,5

 

Um passado de presente – Trailer

Um passado de presente – musica principal

Alguns filmes para ver antes da estreia do Irlandês

Por Guilherme Callegari

Nessa quarta-feira, 27 de novembro de 2019, será lançado na Netflix o mais novo filme do consagrado diretor Martin Scorsese, chamado “O irlandês”, e para se preparar vou indicar três filmes de máfia, desse mesmo diretor, para você já ficar pronto para o mais novo lançamento.

E para você que ficou curioso essa é a sinopse do filme “O Irlandês”: Conhecido como “O Irlandês”, Frank Sheeran (Robert De Niro) é um veterano de guerra cheio de condecorações que concilia a vida de caminhoneiro com a de assassino de aluguel número um da máfia. Promovido a líder sindical, ele torna-se o principal suspeito quando o mais famoso ex-presidente da associação desaparece misteriosamente.

 

Os Bons Companheiros

Henry Hill (Ray Liotta) conta a sua história de um garoto do Brooklyn, Nova York, que sempre sonhou ser gângster, começando sua “carreira” aos 11 anos e se tornando protegido de James “Jimmy” Conway (Robert De Niro), um mafioso em ascensão. Tratado como filho por mais de vinte anos, ele se envolve em golpes cada vez maiores e acaba se casando com Karen Hill (Loraine Bracco), sua amante. Impossibilitado de ser totalmente “adotado” pela “família”, o jovem ambicioso conquista prestígio, se envolve com o tráfico de drogas, prática grandes roubos e ganha muito dinheiro, mas os agentes federais estão na sua cola e o seu destino pode mudar a qualquer momento.

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Cassino

Através de três personagens básicos: um diretor de cassino (Robert De Niro) com um passado comprometedor; uma prostituta de alta classe (Sharon Stone), que dominava a todos, menos o seu cafetão; e um gângster (Joe Pesci), que tomava conta do diretor do cassino e passa gradativamente, a seguir os passos dela, está criado um painel de Las Vegas dos anos 70, quando a Máfia controlava o jogo, até o gradual surgimento das grandes corporações, que ficaram no lugar das quadrilhas e transformaram a cidade em uma Disneylândia.

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Os Infiltrados

A polícia trava uma verdadeira guerra contra o crime organizado em Boston. Billy Costigan (Leonardo DiCaprio), um jovem policial, recebe a missão de se infiltrar na máfia, mais especificamente no grupo comandado por Frank Costello (Jack Nicholson). Aos poucos Billy conquista sua confiança, ao mesmo tempo em que Colin Sullivan (Matt Damon), um criminoso que foi infiltrado na polícia como informante de Costello, também ascende dentro da corporação. Tanto Billy quanto Colin sentem-se aflitos devido à vida dupla que levam, tendo a obrigação de sempre obter informações. Porém quando a máfia e a polícia descobrem que entre eles há um espião, a vida de ambos passa a correr perigo.

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Todos os Cães Merecem o Céu – Critica

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Por Guilherme Callegari

 

Todos os Cães Merecem o Céu (1989-1h 29m-Livre)

 

Sinopse: Charlie (Burt Reynolds), um cachorro pastor alemão, passa um tempo na cadeia enquanto seu sócio, um bulldog chamado Cicatriz (Vic Tayback), enriquece misteriosamente. Ele escapa da prisão e vai atrás do ex parceiro, mas Cicatriz não tenciona dividir seus lucros com ninguém e decide traí-lo, armando uma emboscada. Procurando vingança, Charlie é ajudado pelo amigo bassê Sarnento (Dom DeLuise), um anjo da guarda (Melba Moore) e Ana Maria (Judith Barsi), uma menininha órfã capaz de falar com os animais.

 

Pontos positivos: O primeiro ponto positivo do filme vai para seus personagens, eu os acho, em sua maioria, muito divertidos e gosto de ver como vão sendo construídos, a ponto de você querer ver mais deles e torcer para que fiquem e terminem bem aquela jornada. A dublagem, também, é boa, achei que os dubladores encaixaram perfeitamente com os personagens do filme, e que, principalmente, o Burt Reynolds fez um trabalho sensacional como Charlie, todo o jeito malandro do personagem combinou muito bem com a voz do ator que até deu um algo a mais para o protagonista. A mensagem que o longa trás, também, é muito boa, essa ideia de que todos podem mudar e que merecem um voto de confiança é uma mensagem muito boa, e muito bem-feita, sem contar que é relevante, principalmente, para as crianças. Eu gosto muito do final do filme, eu acho um final bem emocionante, principalmente, por você se importar com aquela jornada que está sendo contada. Eu gostei da animação, por ser muito diferente do padrão que normalmente são as animações, admito que ela em alguns momentos é um pouco estranha, mas quando você acostuma vai muito bem, e gosto quando filmes tentam algo diferente. Eu gosto das cores do filme, como tem uma variação de cores no decorrer do longa, e como essa variação faz bem, mas vale destacar que apesar de variedade nas cores, predominam cores mais fortes. Eu queria destacar a Ana Maria e o Charlie que química tem esses dois personagens, e como eles são bem feitos, vendo o filme quer mais deles e dessa amizade incrível que o filme apresenta.

 

Pontos negativos: O primeiro ponto negativo do filme para mim vai para o meio dele, eu acho o ponto onde o longa fica mais arrastado, e onde, sinceramente, dá uma cansada, acho que poderiam ter trabalhado melhor o ritmo do filme nessa parte. Eu também não gosto do vilão do filme, entendo a motivação dele, mas acho que falta duas coisas para ele: primeiro ter mais tempo de tela, pois, com um personagem tão importante para o desenvolvimento do longa, ele aparece pouco e isso acaba prejudicando a antipatia que o público devia ter por ele, e segundo poderiam ter trabalhado melhor o personagem, dando mais camadas. O filme introduz uma sequência envolvendo um jacaré, tudo bem, até pode-se argumentar que essa sequência é importante para o final do filme, mas, mesmo assim, eu não gosto dela, não gosto do jacaré, acho que teriam melhores opções para substituir esse personagem. O filme também deixa bastante coisa em aberto, tudo bem que algumas ficam meio subentendidas, mas tem outras que são apresentadas que não falam como aquilo está acontecendo, ou como aconteceu, com isso quem está vendo sente falta de uma melhor explicação. Eu até gosto das músicas do filme, mas o que eu senti falta foi de uma trilha instrumental mais forte, mais marcante, que depois que acabasse o filme, fossem lembradas, e isso não aconteceu. Eu acredito que esse universo do filme tem muito mais potencial para crescer e poderiam ter usado isso, existe um lugar dominado por ratos, o Charlie tem uma família, a Ana Maria tem um passado não explorado, são tantas possibilidades que não são tão bem aproveitadas, que mesmo que não diminua a nota do filme, achei que vale destacar

 

Dica: Para você que gostou desse filme saiba que ele tem uma continuação, com o nome Todos os Cães Merecem o Céu 2, então, minha dica é para ir atrás do longa. E essa é a sua sinopse:  Charlie (Charlie Sheen) e Sarnento (Dom DeLuise) se reencontram para mais uma aventura na Terra. Dessa vez, eles precisam recuperar a Corneta de Gabriel, que abre e fecha os portões do céu, e fora roubada e perdida por Cicatriz (Ernest Borgnine) em outro de seus planos malignos. Além disso, Charlie se apaixona por Sasha (Sheena Easton) e tenta ajudá-la a levar um garoto humano de volta para casa.

 

Curiosidade: Quando o Rei Jacaré está com Charlie em sua barriga, Charlie ajuda Ana Maria a subir e ela senta em seu colo. Quando ela diz a ele que não está se sentindo bem, ela está sentada ao seu lado. Quando o ponto de vista da imagem muda, ela está em seu colo novamente sendo um erro de continuidade. No elenco de dublagem do filme tem atores como: Burt Reynolds, Vic Tayback, Dom DeLuise, Judith Barsi.

 

Conclusão: Eu gosto bastante desse filme e não entendo o motivo dele não ter o reconhecimento que merece, pois é um filme com personagens muito interessantes e um final, simplesmente, lindo. Eu sei que o longa não é perfeito, sei que tem problemas que eu destaquei nos pontos negativos, mas se você está procurando uma diversão, eu recomendo muito que você veja esse filme, tenho certeza que você vai gostar.

 

Todos os Cães Merecem o Céu – Nota: 8,5

 

Todos os Cães Merecem o Céu – Trailer

Todos os Cães Merecem o Céu – Trilha sonora

American Horror Story: 1984 – Critica

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Por Guilherme Callegari

 

American Horror Story: 1984 (2019 – 18 anos – 9 episódios)

 

Sinopse: 1984 é ambientada no ano-título em Los Angeles, e segue a história dos amigos Brooke, Montana, Xavier, Chet e Ray, que participavam de uma academia de dança aeróbica e, depois, vão trabalhar como conselheiros no Acampamento Redwood, o local mais frequentado por jovens nas férias de verão. Porém, o que eles não esperavam era que o jardineiro e serial killer Benjamin Richter, conhecido como Sr. Jingles, que fez o maior massacre de verão no local na década de 70, acaba escapando do sanatório e retorna ao acampamento em busca de vingança.

 

Pontos positivos: O primeiro ponto positivo foi como eles utilizaram os clichês apresentados nessa temporada, pois a ideia deles era fazer uma homenagem aos filmes de serial killer dos anos 80, e com isso gera o medo de usarem mau os clichês, mas, de modo geral, achei que usaram bem. E não foi só nos fatos que achei que os clichês foram bem utilizados, eu também achei que os personagens por mais que sejam clichês, também, foram bem utilizados, casos como a Final Girl, o esportista, a menina popular do grupo, principalmente, nos primeiros episódios. Falando dos primeiros episódios, para mim, esse é o ponto alto da temporada, os quatro primeiros criaram um bom clima, apresentaram bem os personagens, e a história desses quatro primeiros episódios, inclusive, era o que eu queria que fosse a temporada como um todo, até o mistério desse começo estava bem interessante. Um ponto que American Horror Story sempre manda bem é a trilha sonora, eu acho a trilha sonora boa, tanto da parte instrumental que acaba criando um bom clima para o acampamento, para as mortes que vão acontecer, como na parte das músicas que não são instrumentais, é uma playlist bem interessante. Acho que o elenco da temporada é bom, muitos já participaram da série, fazendo outros personagens, e achei que de modo geral não comprometeu e, até a hora que eles estão um pouco abaixo acabou combinando, pois, os atores de filmes de terror dos anos 80, normalmente, não tinham tanta habilidade artística. Para fechar, o acampamento como o cenário que conduz a maioria da história foi uma boa ideia também, lembra o clássico do gênero.

 

Pontos negativos: O primeiro ponto negativo da série, para mim, vai para a ideia de contar a origem do vilão, eu acho que isso não é necessário, acaba tirando o mistério que tem em cima dele, e as teorias que se pode construir. E isso ficou visível aqui, os dois grandes assassinos do filme, assim que contaram as suas histórias, acabaram perdendo força. Uma coisa que é um problema é que os personagens da série soam muito desinteressantes, e a desculpa não é o tempo, pois são nove episódios, teriam tempo suficiente para explorar os personagens, deixando-os mais interessantes, mas não fizeram isso e por causa disso você não torce para eles em momento nenhum. Eu achei que em vários momentos a série ficou arrastada, vários episódios que, sinceramente, não estavam tão interessantes e não me deixaram empolgado para ver o próximo. Eu não gostei do final, achei a ideia de finalizar a história da temporada muito ruim, poderia ser de uma forma diferente, tinham tantos personagens melhores para encerrar a temporada, construíram uma personagem para fechar o que se estava contando, e a escolha não me agradou. Eu não acho que nove episódios seja muita coisa, acho até um número de episódios bom, mas no caso dessa temporada eles não tinham história para isso, então, deveria ter menos, e fazer somente a quantidade que a série precisava, se fechasse no quarto seria incrível, por exemplo. Essa temporada tem muito furo, muita coisa mal explicada, e coisas que precisavam de explicação. Com isso fica uma temporada cheia de momentos onde o roteiro ajuda os protagonistas com coisas impossíveis.

 

Dica: A série, visivelmente, se inspirou nos clássicos filmes de serial killers dos anos 80, e com isso os personagens e suas caraterísticas também acabaram sendo retiradas desses filmes. Por esse motivo vou recomendar alguns filmes como: Halloween, A Hora do Pesadelo, Sexta-Feira 13. Mas, principalmente, foco no filme Sexta-Feira 13, afinal a temporada quase que inteira se passa dentro de um acampamento, que é onde se passa a maioria das histórias da franquia Sexta-Feira 13.

 

Curiosidade: Essa é a primeira vez, desde que a série começou, que não tem os atores Sarah Paulson e Evan Peters no elenco. Essa é a quinta temporada que tem a participação da atriz Emma Roberts no elenco. Os personagens dessa temporada são, visivelmente, inspirados em filmes de terror dos anos 80, tanto que o filme se passa boa parte nos anos 80. Apesar da série levar o nome de 1984, ela não tem nenhuma relação com o famoso livro 1984 de George Orwell.

 

Conclusão: Eu sinceramente esperava bem mais dessa temporada, desde que saíram os trailers, os posters e até a abertura foi divulgada, eu esperava que essa temporada se voltasse mais para um terror, mas, a série não conseguiu fazer isso. É bem verdade que em vários pontos ela consegue ser uma homenagem aos clássicos filmes de terror, mas falta uma história melhor, personagens mais interessantes. Com isso American Horror Story: 1984 só vale a pena ser visto se você gostar dos atores, porque por história tem coisa muito melhor para assistir.

 

American Horror Story: 1984 – Nota: 4,0

 

American Horror Story: 1984 – Trailer

American Horror Story: 1984 – Trilha sonora

Zumbilândia: Atire Duas Vezes – Critica

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Por Guilherme Callegari

 

Zumbilândia: Atire Duas Vezes (2019-1h 39m -16 anos)

 

Sinopse: Anos depois de se unirem para atravessar o início da epidemia zumbi nos Estados Unidos, Columbus (Jesse Eisenberg), Tallahassee (Woody Harrelson), Wichita (Emma Stone) e Little Rock (Abigail Breslin) seguem buscando novos lugares para habitação e sobrevivência. Quando decidem ir até a Casa Branca, acabam encontrando outros sobreviventes e percebem que novos rumos podem ser explorados.

 

Pontos positivos: Eu gosto que conseguiram manter a ideia das regras no filme, mesmo sendo um humor repetido, ainda, funciona muito bem. O quarteto original, de modo geral, continua bem, tem um elemento desses quatro que eu não gostava no primeiro filme, que era o Jesse Eisenberg, ele continua tendo um tipo de atuação que não me agrada, mas aqui acaba funcionando um pouco melhor, pois, parece que o personagem no filme é ele. Queria destacar a atriz Zoey Deutch que foi uma adição ótima para o elenco, acho que o humor em cima dela funciona muito bem, e até o seu jeito irritante em vários momentos funciona bem. Outro ponto que funcionou bem no primeiro filme, e eles mantiveram aqui e foi bom, foi a ideia de introduzir atores conhecidos dentro do filme, como se estivesse fazendo participação especial, isso funciona bem, até porque os atores escolhidos se encaixaram bem com o universo. Outro ponto bom do filme é sua trilha sonora, só música de qualidade e que combinam perfeitamente com o universo de zumbi, principalmente, sendo Zumbilândia, então, acredito que isso seja um bom ponto. De modo geral não acho a direção ruim, achei que o diretor entendeu o universo e conseguiu fazer um bom trabalho. Para fechar, vou falar que eu gosto da ideia da época em que o filme se passa, como se o tempo tivesse parado em 2009, é uma boa ideia.

 

Pontos negativos: O primeiro ponto negativo vai para a questão da história, o filme simplesmente não tem história, vendo parece que chegou alguém e falou “criem cenas mais engraçadas que vocês conseguirem envolvendo zumbis e depois encaixamos no filme”, pois tem várias cenas aqui que não ligam a nada, tem cenas que não precisam existir, mas agora história, não tem, tanto que sempre um personagem precisa nos lembrar qual é o objetivo deles. O filme tem uma estrutura que é praticamente igual à do primeiro filme, desse modo, em vários momentos se você sentir que já viu isso é porque eles estão emulando várias coisas com algumas pequenas diferenças e isso me incomodou, pois é um universo muito vasto, as possibilidades eram imensas, mas resolveram ficar em um campo seguro, e com isso tem uma grande perda de oportunidades aqui. O filme é bem esquecível, mesmo que não seja ruim, você não tem vontade de ver mais, tanto que acho que daqui há um tempo ninguém vai lembrar que ele existe. Um outro ponto que poderia ter sido explorado seriam os personagens, eles passaram dez anos nesse mundo, e parece que eles são os mesmo de quando começou o primeiro filme, eu sei que o foco é o humor, mas essa evolução também iria fazer bem até para mudar o humor do filme, mas resolveram ficar na mesma. Outro problema é que acho que tem pouco zumbi, acho que poderia ter mais cenas como a inicial. Mesmo querendo mais sequencias com zumbis, acho que exceto a primeira, as outras não são tão empolgantes assim.

 

Dica: Eu tendo duas dicas para quem for ver esse filme, a primeira seria ver o primeiro filme, pois eles fazem muitas referências, e muito das piadas são dele, então, para entender o contexto geral seria bom você ir atrás do primeiro. A segunda dica seria tentar entender um pouco do universo de zumbis antes, pois as piadas desse filme e toda construção do humor é em cima de um mundo dominado por zumbis, então, se você não conhece não vai entender muito do humor do longa.

 

Curiosidade: Agora nesse filme depois de dez anos tem uma ganhadora do Oscar, a atriz Emma Stone, que entre o primeiro e o segundo filme ganhou um Oscar pelo longa “La La Land”. Apesar de não ter ganhado o prêmio os outros tres protagonista também já concorreram ao prêmio mais cobiçado de Hollywood. Woody Harrelson Concorreu pelos longas “The People vs. Larry Flynt” de 1996, The Messenger (2009), Three Billboards Outside Ebbing, Missouri (2017). Já a atriz Abigail Breslin concorreu pelo filme “Pequena Miss Sunshine” e por fim o ator Jesse Eisenberg que concorreu pelo filme “A Rede Social”

 

Conclusão: Zumbilândia 2 ou Zumbilândia: Atire Duas Vezes é aquele típico filme que vai divertir quem assiste e curte o gênero de Zumbi. Apesar disso não deixa de ser um longa que apenas repete muito do que foi o primeiro, e que parece que não tem um roteiro pronto, parece que vão criando apenas situações engraçadas e depois tentam ver como encaixam no filme. Mas não se engane não é por eu estar falando isso que eu não tenha gostado do filme, achei divertido e acredito que quem gostou do primeiro tem grandes chances de se divertir mais do segundo. Caso contrário fique longe, esse filme não é para você.

 

Zumbilândia: Atire Duas Vezes – Nota: 6,0

 

Zumbilândia: Atire Duas Vezes – Trailer

Zumbilândia: Atire Duas Vezes – Trilha sonora

Klaus – Critica

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Por Guilherme Callegari

 

Klaus (2019-1h 37m-Livre)

 

Sinopse: Em Smeerensburg, remota ilha localizada acima do Círculo Ártico, Jesper (Jason Schwartzman) é um estudante da Academia Postal que enfrenta um sério problema: os habitantes da cidade brigam o tempo todo, sem demonstrar o menor interesse por cartas. Prestes a desistir da profissão, ele encontra apoio na professora Alva (Rashida Jones) e no misterioso carpinteiro Klaus (J.K. Simmons), que vive sozinho em sua casa repleta de brinquedos feitos a mão.

 

Pontos positivos: O primeiro ponto positivo do filme vai para sua história, pois existem milhares de histórias sobre o Papai Noel, mas não me lembro de alguém que tenha abordado a história da forma que foi feito aqui, e eu achei simplesmente incrível, uma ideia muito boa, e o melhor de tudo, que foi muito bem desenvolvida durante a uma hora e meia de filme. Falando em desenvolvimento tem que ser falado que o desenvolvimento de personagem desse filme é muito bem feito, começando com o fato de que ninguém termina como começou, todos por menor ou maior que seja tem uma evolução e o melhor você sente eles evoluindo, você vê essa evolução em tela. Um outro ponto forte do filme é a amizade do Klaus com o Jesper, pois você entende o porquê deles ficarem amigos e é muito gostoso  vê-los juntos, tanto que você acaba até sentindo que seria bom ver mais da amizade dos dois. Algo muito bom do filme é seu final, um final bonito, um final tocante, que faz você sentir que as vezes precisa aproveitar mais algumas coisas da vida. Gosto da animação, é muito bom ver uma animação em 2D, uma animação muito bem feita, com muita presença de sombra que dá um algo a mais para o filme, e faz a animação ficar melhor ainda do que já estava. O natal é sinônimo de união, de amizade, e com isso todo filme de natal tenta meio que forçar isso, mas em Klaus, apesar dessas mensagens estarem presentes, eu sinto que elas são feitas de uma forma muito mais sutil e achei que isso fez bem para o filme.

 

Pontos negativos: O primeiro ponto negativo do filme para mim vai para a trilha sonora, eu até acho a música tema muito bonita, uma letra linda, mas tirando isso o resto da trilha é um pouco sem sal, genérica, poderiam ter feito algo melhor em cima disso, e ter feito uma trilha forte de natal, que sempre que chegasse perto da época lembrássemos dela. O filme tem vilões, mas eu tenho alguns problemas com eles, primeiro acho que eles demoram para realmente aparecer no filme, e quando aparecem você não sente o mal, necessário, que eles poderiam passar e isso acaba fazendo com que quem assista, não sinta uma antipatia por eles, como deveria ser. Por causa dos vilões do filme, tem outro problema que é a parte de ter medo pelos personagens, é bem verdade que isso não atrapalha o ritmo do filme, nem o deixa tedioso, mas acho sentir mais medo pelos protagonistas, tudo que acontece aqui parece ser muito fácil, e com isso os perigos são inexistentes. Algo que me incomodou no longa é um drama envolvendo o personagem Jesper, pois eu acho que esse drama não encaixa tão bem no filme, pois a dúvida que eles tentam criar nas pessoas que estão vendo o filme nunca existe e com isso enfraquece esse drama do filme, sem contar que é algo que daria par ser resolvido com uma cena bem mais rápida e bem mais sutil.

 

Dica: Já que o filme se passa no natal e é uma animação, eu vou recomendar o melhor filme de natal que eu já vi, tudo bem que a ideia do filme é totalmente diferente e não tem nem um pouco do clima desse filme, ele é mais pesado, você vai chorar vendo o filme que é Tokyo Godfathers. E essa é a sinopse do filme: Véspera de Natal. Hana (Yoshiaki Umegaki) é uma travesti que tem como melhores amigos a adolescente Miyuki (Aya Okamoto) e Gin (Toru Emori). Eles são mendigos e vivem em caixas de papelão, sempre em busca de algo interessante em meio ao lixo. Um dia o trio encontra um bebê abandonado. Gin insiste que eles devem entregá-lo à polícia, mas Hana deseja cuidar dele, já que sempre sonhou em ser mãe. Ao perceber a falta de condições do trio, ela concorda em devolvê-lo aos pais. Eles têm em mãos pistas deixadas na cesta do bebê, como fotos e chaves, e as usam para encontrá-los. Em meio à jornada, o trio precisa enfrentar o passado que cada um deles deixou para trás. Lembrando que a única relação dos dois filmes é que eles tem como cenário o natal, pois, são completamente diferentes.

 

Curiosidade: Os atores responsáveis pela dublagem do longa de natal são: Rodrigo Santoro, Fernanda Vasconcellos e Daniel Boaventura. Já a versão em inglês tem como dubladores os atores: J.K. Simmons, Jason Schwartzman, Rashida Jones. Klaus é o primeiro filme de animação da Netflix. Inclusive a plataforma está fazendo campanha para ver se ele consegue concorrer ao Oscar. Klaus é uma animação em 2D.

 

Conclusão: Eu sinceramente fui surpreendido por esse filme, não que eu esperasse que ele fosse ruim, mas também não esperava que ele fosse tão bom como foi. Acho que é um ótimo filme com temática de natal, acho o roteiro desse longa muito inteligente, a animação é muito boa, e digo mais, para mim Klaus, tem grande chance de, em um futuro, se tornar um daquele longas clássicos de natal, que todos lembram com carinho. É aquele tipo de filme que tem tudo que o gênero precisa: é leve, gostoso de se assistir e com uma mensagem muito relevante.

 

Klaus – Nota:8,5

 

Klaus – Trailer

Klaus –  Musica Tema

Top 5 de animações da Disney, com animais, que poderiam virar Live Action.

Por Guilherme Callegari

Esse foi o ano dos animais dentro das Live Actions da Disney, afinal, foram três longas baseados em grandes animações da Disney que ganharam sua versão real. O primeiro foi “Dumbo” lançando no dia 28 de março de 2019, mas esse filme ainda tinha muitos humanos, então, a divisão de tempo entre humanos e animais era bem parelha. O segundo lançamento foi de uma das maiores animações do estúdio, “O Rei Leão” que teve sua estreia nos cinemas no dia 18 de julho de 2019, diferente de “Dumbo”, “O Rei Leão” não tinha um humano, foi um filme onde tínhamos apenas animais. E por último “A Dama e o Vagabundo” lançado no dia 12 de novembro de 2019, esse, assim como Dumbo, tinha bastante humanos e os animais usados eram apenas animais domésticos, como cães e gatos, mas o diferencial desse filme foi que ele não foi para o cinema, ele foi lançado diretamente para a plataforma de streaming da Disney o “Disney+”.

Isso prova que o investimento em filmes Live Actions da Disney está alto, e em todas as plataformas, e com foco em filmes envolvendo animais, até para poder mostrar a evolução tecnológica que eles estão tendo. Então vou recomendar, alguns filmes de animais que acredito dariam boas Live Actions para a Disney.

 

Irmão Urso

Na América do Norte do final da Era Glacial, os nativos americanos Sitka, Denahi e Kenai são três irmãos muito unidos. Quando Kenai ganha seu totem (o urso do amor) não entende, pois ele acha que os ursos são monstros e não amam. Quando eles vão tentar recuperar uma cesta que um urso roubou, Sitka luta com o urso, mas acaba por ser morto quando a geleira em que eles estão se rompe. Com isso Kenai mata o urso para vingar a morte de seu irmão. Mas os espíritos ancestrais e também seu irmão Sitka o transformam em um urso. Kenai fica desesperado para voltar à sua forma humana, então procura a xamã da sua aldeia para lhe ajudar, ela diz que o único jeito é ele ir até a montanha onde as luzes tocam o chão (aurora boreal) e encontrar seu irmão Sitka. Durante sua viagem ele encontra Koda, um ursinho órfão que fala demais e adora salmão. Eles resolvem ir até a Corrida do Salmão, um lugar cheio de cachoeiras, ursos e muito salmão. E a montanha onde as luzes tocam o chão fica perto de lá.

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Bambi

A história passa-se numa floresta, nas montanhas da província de Colúmbia Britânica, onde os animais ficam agitados com a notícia do nascimento de um filhote de cervo, Bambi, que foi chamado de “Príncipe da Floresta” pois seu pai é o cervo mais respeitado da região por ser o mais velho. Logo ao nascer, Bambi conhece Tambor, um coelho que se torna seu grande amigo. Ao longo da história, Bambi cresce, faz amizade com outros animais da floresta, aprende como sobreviver e se apaixona por Faline. Um dia chegam caçadores à floresta e matam sua mãe, que o estava ajudando a não ser pego. Assim, Bambi aprende a viver sozinho, com a ajuda do pai.

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O Cão e a Raposa

Uma jovem raposa, Dodó, fica órfão depois que sua mãe é baleada e morta por um caçador. Ele é adotado por uma senhora, dona de uma fazenda, passando então a ser tratado como animal doméstico. Fica amigo de Toby, um pequeno cão de caça, também criança, e pertencente a um mal-humorado fazendeiro que, além de tudo, é um famigerado caçador. Certa vez, Samuel Guerra persegue o jovem raposo Dodó, atirando com sua espingarda, chutando os latões de leite da senhora que cuida de Dodó.

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Aristogatas

O enredo retrata a história de uma simpática família de gatos, da qual fazem parte a mãe, a fina e bem-educada Duquesa, e seus três filhos: o aspirante a pintor Toulouse, o pianista e futuro maestro Berlioz, sempre com sua gravatinha borboleta, e a romântica cantora Marie, aos quais madame Adelaide Bonfamille, uma milionária francesa excêntrica, pretende deixar toda a sua fortuna. Porém, o malvado mordomo chamado Edgar Baltazar abandona os gatos no interior do país para se tornar o beneficiário de toda a herança e perdidos, os gatos encontram um esperto felino de rua Thomas O’malley e seus amigos, que com eles regressam ao lar e confrontam o mordomo.

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Bernardo e Bianca

Em um barco abandonado na Baía do Diabo, uma jovem órfã chamada Penny joga uma mensagem em uma garrafa com um pedido de ajuda no rio. A garrafa chega até Nova Iorque, onde é recuperado pela sociedade “Auxílio de Emergência”, uma organização internacional de ratos, dentro da Organização das Nações Unidas. A representante da Hungria, senhorita Bianca, se voluntaria para aceitar o caso e escolhe Bernardo, um zelador gaguejante, como seu co-agente. Os dois visitam o orfanato Morningside, onde morava Penny, e conhecem um gato velho chamado Rufus. Ele fala sobre uma mulher chamada Madame Medusa, que uma vez tentou atrair Penny em seu carro e pode ter raptado Penny.

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