Arquivo mensal: janeiro 2020

Judy: Muito Além do Arco-Íris – Critica

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Por Guilherme Callegari

 

Judy: Muito Além do Arco-Íris (2019-1h 58m-12 Anos)

 

Sinopse: Inverno de 1968. Com a carreira em baixa, Judy Garland (Renée Zellweger) aceita estrelar uma turnê em Londres, por mais que tal trabalho a mantenha afastada dos filhos menores. Ao chegar ela enfrenta a solidão e os conhecidos problemas com álcool e remédios, compensando o que deu errado em sua vida pessoal com a dedicação no palco.

 

Pontos positivos: O primeiro ponto positivo do longa para mim vai para a atriz, ela está sensacional no longa, fazia tempo que eu não via uma atuação dela, e fico feliz de saber que ela conseguiu voltar a fazer filmes grandes, com peso e com tanto destaque. Aqui ela consegue nos entregar uma protagonista que sofre com a vida e com os rumos que elas tomaram, e você sente na forma de se mover, nas expressões faciais como consegue passar muito bem tudo que a personagem precisava. Depois da carreira de atriz, Judy, virou cantora, e é nesse período onde o filme se passa, nesse fim de carreira na música, e começar falando das músicas. Me agradou muito as músicas desse filme, como elas falavam muito o que a personagem passava naquele momento, seja tristeza, seja solidão, seja até alegria, mas eram músicas que falavam o que a personagem sentia, e eu gostei das letras e são muito bem cantadas. Gosto como o filme encerrou, primeiro pela música que escolheram, ela fechou o longa da forma que ele tinha que ser fechado, e com uma letra tão simbólica e que representa tanto da vida da Judy, eu sei que não teve esse momento na vida real, foi mais uma licença poética do roteirista, mas mesmo assim foi uma boa licença poética. Gosto das cenas da Judy criança, quando ela começou a sua carreira de atriz, são boas cenas, onde ela serve para pontuar várias coisas, tem algo que me incomoda nisso, mas, pelo menos mostraram ela criança algo que era fundamental.

 

Pontos negativos: Já que acabei falando das cenas dela criança, vou começar falando disso já nos pontos negativos, pois, para mim, esse é o principal problema do longa, todo a parte da infância dela que mostra o abuso que ela sofreu no set de filmagem, os remédios que ela tinha que tomar quando era criança, tudo isso é muito mais interessante do que a história mostrada, dela já decante. E com isso temos uma ótima história servindo apenas de pontuação para o roteiro, e uma história que não é tão interessante, sendo a principal, isso me incomoda muito. Inclusive falando em história principal, não que ela seja ruim, mas os roteiristas, o diretor ao invés de tentar trazer algo novo, mostrar de uma forma mais real como tudo aconteceu, eles caem em todos os clichês possíveis e isso acaba ficando ruim para o filme, pois tem apelação em cena, apelação até na forma que o diretor resolve mostrar as cenas para tentar tirar lagrimas. Inclusive, acho que o diretor poderia ser mais criativo na hora dos shows da Judy, tentar mostrar mais do porque as pessoas gostam tanto de ver o show dela, pois parece que ela é incrível, mas quando vemos os shows não tem nada demais, e com uma direção melhor, poderíamos ver mais dessa habilidade que ela tinha em cima do palco. Tem um personagem secundário que me incomoda muito que é o produtor de “O Mágico de OZ”, muito exagerado, poderia ser mais sutil e não é só ele, ele é o que mais incomoda, mas tem mais alguns personagens que seguem esse caminho.

 

Dica: Eu recomendo que antes de ver o longa você vá atrás da história da atriz Judy Garland, e quando falo história não falo para apenas ver os filmes que ela fez, falo para ir atrás da sua biografia, pois o filme não conta sua história, então, se você não tiver um conhecimento prévio pode ser que o filme acabe te frustrando.

 

Curiosidades: Nascida Frances Ethel Gumm em 10 de junho de 1922, em Grand Rapids, Minnesota, Judy Garland era a filha mais nova de Francis Avent “Frank” Gumm (20 de março de 1886 – 17 de novembro de 1935) e Ethel Marion Milne (17 de novembro de 1893 – 5 de janeiro de 1953). Judy Garland fez filmes como: O Mágico de Oz, Agora Seremos Felizes, Nasce uma Estrela.

 

Conclusão: Esse filme não funcionou para mim, não que ele seja um filme horrível, que não dê para assistir, mas, assim que terminou o longa, eu tive a certeza que o que foi contado ali vai dividir o público em duas alas, as que conhecem a carreira da atriz e com isso vão acabar se identificando com a história, e os que não conhecem e vão acabar achando só mais um drama de uma atriz em fim de carreira. Eu não conheço a história da atriz, com todos os detalhes, e para mim acabou sendo uma experiência uma pouco frustrante.

 

Judy: Muito Além do Arco-Íris – Nota: 5,5

 

Judy: Muito Além do Arco-Íris – Trailer

Judy: Muito Além do Arco-Íris – Trilha sonora

Bad Boys II – Critica

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Por Guilherme Callegari

 

Bad Boys II (2003-2h 27m-16 anos)

 

Sinopse: Os detetives da Narcóticos Marcus Burnett (Martin Lawrence) e Mike Lowrey (Will Smith) foram designados para investigar a proliferação do ecstasy na cidade de Miami. As investigações os levam a um alvo maior, Johnny Tapia (Jordi Mollà), um traficante cuja ambição de tomar conta do tráfico na cidade inicia uma verdadeira guerra entre quadrilhas. Em meio a esta situação, Lowrey passa a se interessar por Syd (Gabrielle Union), irmã de Burnett, o que põe a amizade deles à prova.

 

Pontos positivos: O primeiro ponto positivo do longa, para mim, vai para a dupla principal. Tanto o Martin Lawrence como o Will Smith, acho desde o primeiro filme eles têm muito química junto, e com isso fica mais fácil de você se relacionar com eles, e de comprar essa amizade que eles tem ser tão forte. Queria destacar o Martin Lawrence, que merece um destaque um pouco maior, pois, sempre gostei do seu estilo mais exagerado e acho que nesse tipo de filme ele acaba encaixando, acho que, inclusive, eles poderiam ter explorado um pouco mais isso, mas, mesmo assim, quando ele faz funciona. Falar de Michael Bay, ele tem milhares de problemas que serão falados nos pontos negativos, mas tem que admitir que ele é um diretor que sabe criar um belo visual para o filme, ele sempre traz essa estética de tudo parecer épico, e isso ele consegue colocar no filme, então, apesar de todos os erros, esse ponto de visual ele manda muito bem.

 

Pontos negativos: O primeiro problema do longa, para mim, vai para a ideia do épico, como falei acima, Michael Bay tem suas qualidades, mas tem muito erros, e ele querer que tudo pareça épico é um desses problemas, todo discurso tem que ser épico e grandioso, e não é bem assim que funciona. Outro problema vai para a ação, ela é até bem filmada, mas tem recursos que não me agradam como câmeras lentas no meio da ação ou muitos cortes, sem contar o principal problema da ação desse filme, tem tantas e são sequencias tão longas que acabam cansando, tanto que tem uma grande cena de ação no final que você não se importa pois já viu milhares iguais no filme. Inclusive, esse filme tem um problema grave de parecer que está acontecendo muita coisa, mas não está acontecendo nada, por exemplo, tem dez minutos de cena de ação, e no fim eles descobrem que lá não tem nada para o caso policial, ou seja, dez minutos de nada e o filme é cheio disso. A dupla principal funciona muito bem como falei, mas o resto do elenco não, a caracterização é muito exagerada e chega a incomodar, principalmente, do antagonista. Falando em antagonista, é outro ponto que não funciona, um vilão muito genérico, que não precisava ser feito dessa forma. E só para falar, a dupla principal funciona bem, mas até eles cansam, tanto que no começo eles são muito engraçados, mas as situações vão ficando tão repetitivas que você vai cansando de ver, praticamente, as mesmas coisas. E vamos ser sinceros Bad Boys II não precisava de duas horas e meia, e isso fica visível em tela, tanto em questão de história, que não tem, como em questão do que mostrar, pois, fica tudo muito repetitivo.

 

Dica: Eu gosto do primeiro Bad Boys, então mesmo que esse segundo seja horrível o primeiro continua sendo bom, então, minha dica é que você esqueça que esse existe e vá atrás do primeiro, tenho certeza que pelo menos lá você vai se divertir, diferente do que encontra aqui.

 

Curiosidade: Tom Dey e Ridley Scott estiveram cotados para dirigir Bad Boys 2. O diretor Michael Bay teve que abandonar as filmagens durante algum tempo para resolver problemas legais com seus consultores financeiros. Sequência de Os Bad Boys (1995).

 

Conclusão: Eu acho esse segundo filme de Bad Boys muito ruim, diferente do primeiro que mesmo não sendo um filme perfeito, foi um bom filme policial, com uma história, apesar de clichê, boa, e bons personagens, aqui você tem o inverso, nada funciona no filme e os pontos bons, tem problemas. Então, ver Bad Boys II parece que são duas horas e meia da sua vida que você está jogando fora, portanto, se não ficou claro, não assista esse longa.

 

Bad Boys II – Nota: 2,0

 

Bad Boys II – Trailer

Bad Boys II – Trilha sonora

Um Lindo Dia na Vizinhança – Critica

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Por Guilherme Callegari

 

Um lindo dia na vizinhança (2019-1h 49m-12 anos)

 

Sinopse: Fred Rogers (Tom Hanks) foi o criador do Mister Rogers’ Neighborhood, um programa infantil de TV muito popular na década de 1960, nos Estados Unidos. Em 1998, Tom Junod (Matthew Rhys), até então um cínico jornalista investigativo, aceitou escrever o perfil de Rogers para a revista Esquire. Durante as entrevistas para a matéria, Junod mudou não só sua visão em relação ao seu entrevistado como também sua visão de mundo, iniciando uma inspiradora amizade com o apresentador.

 

Pontos positivos: O primeiro ponto positivo do longa para mim vai para todas as partes onde envolve o show do Fred Rogers, admito que por ele ser um show que não é conhecido no Brasil eu não tinha nenhuma ligação emocional com as cenas, mas achei todas muito bem-feitas, o conceito do programa é muito interessante, e consegue criar alguns dos melhores momentos do filme. Mas não tem como falar do show sem falar automaticamente do Tom Hanks, afinal era só ele e um cenário no fundo, e mesmo assim ele entrega uma atuação, como sempre, incrível, é bem verdade que ele tem papeis melhores, mas aqui ele faz um trabalho muito bom, ele tem que fazer o que ele é na vida real, um cara gente boa, que é carinhoso com todos, e faz isso, um ótimo trabalho do Tom Hanks. Um outro ponto positivo do filme para mim é a cena inicial, eu adorei a cena inicial, como eles introduzem a história do filme dentro do programa como se o filme fosse parte do programa dele, e isso foi uma ideia muito boa, pois, quando vamos vendo o filme, vemos que o Fred transforma todos aqueles fatos que estão acontecendo, como se realmente fossem parte do seu show. E a cena que introduz o nosso real protagonista da história o Tom, também, achei interessante, mostra bem o que esperar desse personagem durante todo o longa. O filme tem algumas ideias envolvendo terapia, bem interessantes, envolvendo o Fred com o Tom, dessa dupla conseguimos ter boas cenas e, até, alguns bons diálogos.

 

Pontos negativos: Como já deu para perceber pelos pontos positivos todo o núcleo que envolve o Tom Hanks é incrível por causa dele, mas aí entra o grande problema do longa, pois o Tom Hanks não é o protagonista do filme, inclusive, ele aparece muito pouco, pode se dizer que ele aparece em um terço do longa. Então vai o primeiro problema do filme, porque não fazer um filme sobre o Fred Rogers, eu sei que o foco do filme é mostrar o jornalista que vai contar a história do personagem, mas esse jornalista, o Tom, é muito desinteressante e com isso se perde um ótimo personagem como o Fred, que daria um ótimo protagonista para termos o Tom que não consegue carregar o longa. E falando nisso, vamos falar do personagem Tom, feito pelo ator Matthew Rhys, como já falei no ponto acima o personagem não tem carisma, e ele é muito chato, mas não é só isso que incomoda nele, as atitudes fazem com que você não queira torcer por ele, e pior o seu ponto de virada é muito fraco, ele vira um cara legal que muda sua visão de vida muito rápido e isso incomoda, bastante. Não gosto também de recursos que o roteiro usa como apelo para os personagens, pois do jeito que foi feito parece que eles não tinham ideia de como contar o que queriam e usaram recursos mais básicos e apelativos possíveis para contar aquela história e não em agradou. Achei em muitos momentos o filme arrastado, muito por causa do protagonista não ser interessante e com isso o filme acaba ficando desinteressante e arrastado. Apesar de um momento específico envolvendo música, a trilha sonora, também, não me chamou muito a atenção.

 

Dica: Fred Rogers foi um grande apresentador dos Estados Unidos, que fazia um programa de TV chamado “Mister Rogers’ Neighborhood” e seria interessante conhecer mais do apresentador antes do filme, para poder se ligar mais a ele. E para você que não sabe o que ver dele, saiba que tem um documentário chamado Won’t You Be My Neighbor?, que vale muito a pena ver, bem mais que esse filme, inclusive.

 

Curiosidade: Bilheteria mundial: US$ 60,9 milhões. Orçamento: US$ 25 milhões. Baseado em uma história real. Mesma diretora de Poderia Me Perdoar? (2018). Festival de Toronto 2019: seleção oficial. Writers Guild of America Awards 2020: indicado a Melhor Roteiro Adaptado. Satellite 2019: indicado a Melhor Ator Coadjuvante (Tom Hanks). Critics Choice Awards 2020: indicado a Melhor Ator Coadjuvante (Tom Hanks) e Roteiro Adaptado. SAG 2020: indicado a Melhor Ator Coadjuvante (Tom Hanks).  Globo de Ouro 2020: indicado a Melhor Ator Coadjuvante (Tom Hanks). Bafta 2020: indicado a Melhor Ator Coadjuvante (Tom Hanks)  Oscar 2020: indicado a Melhor Ator Coadjuvante (Tom Hanks).

 

Conclusão: Não achei horrível, mas o problema, para mim, está em relação ao protagonista que não funciona, achei que eles poderiam ter trabalhado bem melhor toda a ideia principal do filme, mas mesmo assim é um filme que acaba funcionando e isso acontece, única e exclusivamente, por causa do Tom Hanks que faz um trabalho incrível aqui, e olha que ele nem aparece muito. Então, se você tem interesse em ver o longa, vá pelo Tom Hanks, se for apenas pela história você pode ter uma decepção.

 

Um lindo dia na vizinhança – Nota: 5,5

 

Um Lindo Dia na Vizinhança – Trailer

Um Lindo Dia na Vizinhança – Trilha sonora

O Mundo Sombrio de Sabrina: Terceira Temporada – Critica

 

Por Guilherme Callegari

 

O Mundo Sombrio de Sabrina: Terceira Temporada (2020- 8 episódios- 16 anos)

 

Sinopse: Mesmo tendo derrotado seu pai, Sabrina ainda precisa lidar com o fato de que agora ele está detido em uma prisão humana, seu namorado Nicholas Scratch. Com a ajuda de seus amigos mortais, a jovem bruxa planeja uma missão para resgatar seu amado, enquanto disputa o trono das Trevas com o Príncipe do Inferno Caliban.

 

Pontoa positivos: O primeiro ponto positivo dessa temporada para mim vai para a própria Sabrina, de todos os personagens da série ela foi a que teve a mais visível evolução, e não digo isso apenas por ela ter ficado mais forte em questão de poderes, digo isso, pois, se você ver a Sabrina da primeira temporada, ela é totalmente diferente do que vemos na segunda, que é totalmente diferente do que vimos, agora, na terceira, e isso por ter uma evolução. Outro ponto que eu gosto bastante dessa temporada é todo o arco do inferno, toda a ideia de mostrar a Sabrina tentando se tornar a rainha do inferno, os novos personagens que aparecem aqui, a forma como conhecemos mais esse núcleo que é muito importante, mas, que nunca foi explorado, toda essa parte é muito boa, sem contar que o treinamento da Sabrina e os desafios que ela tem que fazer são, também, bem interessantes. E como já dito acima gosto como aos poucos esse universo vai se expandindo, e com isso saindo apenas da cidade e tendo mais visão de outros mundos, de figuras do passado, tudo isso faz com que a série cresça e que os perigos apresentados também façam com que tenham um peso maior. De modo geral as atuações das serie são bem medianas, eu não acho que nenhum ator é incrível, mas todos ali conseguem, pelo menos, entregar o que os personagens precisam, a única atriz que eu acredito que mereça destaque é a Kiernan Shipka que faz a Sabrina, e não que ela seja uma atriz incrível, mas ela consegue segurar a serie como protagonista, ela tem um jeito meigo quando precisa e malvado quando precisa, também, é uma boa atriz que segura bem a série.

 

Pontos negativos: Como ficou claro eu achei todo o núcleo que envolve a Sabrina ótimo, mas o problema é que ele só é um ponto de toda a temporada e o resto ficou abaixo. Começar falando do núcleo dos amigos humanos da nossa protagonista, eu nunca gostei desse núcleo, e a cada temporada que passa fica mais forçado, então, nem posso dizer que nessa temporada o núcleo deles piorou, eu vou dizer que continua ruim, como sempre. E eu não gosto desse núcleo pelo fato dos personagens serem muito chatos, não terem carisma nenhum, e o que está sendo contado ali não ser tão interessante. Agora, vou passar para o núcleo das tias, eu acho as tias muito interessantes, mas nessa temporada eu não acho que as usaram muito bem, como em outras ocasiões, elas foram muito jogadas de lado e em vários momentos parecia que elas não tinham o que fazer aqui, com isso não me interessava ve-las em tela. Uma coisa que eu senti dessa temporada é que eles desperdiçaram muito potencial em ideia boas, por exemplo, os novos vilões, visualmente, e eles são interessantes, eles têm um mistério interessante, mas são muito mal explorados, outro caso é o Ambrose, que tem um começo com muito potencial de caçar o Blackwood, mas também não é bem utilizado e com isso vira mais um potencial desperdiçado. Eu achei que essa temporada teve alguns episódios que foram bem arrastados, que estava difícil de terminar de ver, e isso aconteceu muito porque no meio da história tão interessante, tem esses núcleos que não são bons. E para fechar, vou falar do final, eu achei um final bem ruim, todo o último episódio é bem ruim, a ideia que tiveram não me agradou, mexeram com algo difícil, sem pensar muito e acabou gerando furos de roteiro, não gostei nem um pouco do final dessa temporada.

 

Dica: Já recomendei isso em outra crítica da série, mas é sempre bom recomendar de novo, que seria ir atrás do quadrinho onde a série foi baseada, pois são anos de histórias que você pode ler. E se procura algo que seja mais atual, mais próximo do que é mostrado na série de tv, saiba que a versão mais recente da personagem ficou bem mais sombria e menos aventuresca, como era antigamente. Então, minha dica é para ir atrás dessas novas versões.

 

Curiosidade: O nome do proprietário da loja, Cerberus, é uma referência ao cão de três cabeças do inferno. As Irmãs Estranhas são um trio de bruxas na peça de Shakespeare, Macbeth. O feitiço que Sabrina usa para invocá-los é tirado diretamente das linhas reais faladas pelas bruxas em Macbeth (Ato 1, cena 3). Como em Riverdale, o ano em que a série acontece é intencionalmente nunca mencionado, de modo que a série pode ser, simultaneamente, moderna e retrô. É por isso que elementos da cidade, escolas e grande parte das roupas em Greendale lembram mais a década de 1960, quando o material de origem é definido, mas também há referências modernas, além de celulares e computadores.

 

Conclusão: Eu achei essa, de longe, a temporada mais fraca de O Mundo Sombrio de Sabrina, enquanto a primeira consegue apresentar perfeitamente o universo, os personagens, e a segunda mesmo que não sendo perfeita consegue continuar, perfeitamente, a história, essa terceira parte eu achei que não souberam trabalhar bem a história, não conseguiram dar um final digno para a temporada, e com isso tivemos uma terceira parte que foi muito decepcionante.

 

O Mundo Sombrio de Sabrina: Terceira Temporada – Nota: 4,5

 

O Mundo Sombrio de Sabrina: Terceira Temporada – Trailer

O Mundo Sombrio de Sabrina: Terceira Temporada – Musica

 

O Caso Richard Jewell – Critica

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Por Guilherme Callegari

 

O Caso Richard Jewell (2019-2h 11m-16 anos)

 

Sinopse: A história real de Richard Jewell (Paul Walter Hauser), segurança que se tornou um dos principais suspeitos de bombardear as Olimpíadas de Atlanta, no ano de 1996. Na realidade, ele foi o responsável por ajudar inocentes a fugirem do local e avisar da existência de um dos explosivos.

 

Pontos positivos: O primeiro ponto positivo do filme para mim vai para as atuações do longa, de modo geral, todos os atores me agradaram, achei que todos estão bem em seus respectivos papéis, e o longa tem um elenco vasto, com atores de nome, como: Paul Walter Hauser, Olivia Wilde, Sam Rockwell, Kathy Bates, Jon Hamm. Mas, para mim, o grande destaque nessa parte de atuação vai para o Paul Walter Hauser que faz o Richard Jewell, que ficou simplesmente sensacional, o jeito que ele fala que ele se move, ficou idêntico e queria destacar a atriz Kathy Bates, que faz o papel de uma mãe carinhosa que se preocupa com o filho e vai muito bem, também. Outro ponto que tem que se destacar é como os personagens são apresentados, eles não são simplesmente jogados no filme, cada um tem sua apresentação, mas de uma forma muito natural, não tem uma parada na narrativa para você ve-los. Acho que a premissa do longa tem que ser destacada, também, pois não é uma premissa fácil de se fazer, pela história não ser uma história fácil, mas eu achei uma ótima ideia recontar a história desse herói americano que foi esquecido. A direção do Clint Eastwood, em questão de parte técnica, me agradou muito, eu acho que ele consegue passar o incomodo na hora certa, ele consegue passar um senso de urgência necessário, no momento da bomba, e ele utiliza bem os movimentos de câmera, como ele utiliza muito bem as TVs dentro do filme. Para fechar, vou falar do final do filme, é um final obvio, até para quem não conhece a história, mas mesmo assim a cena final foi simples, em uma lanchonete, mas bem-feita.

 

Pontos negativos: O primeiro ponto negativo do filme para mim vai um pouco para o seu tempo, não era necessário duas horas e vinte para se contar essa história, tanto que ele ficou maior do que era o necessário que, para mim, em alguns momentos, acabou ficando um pouco arrastado, então podiam tirar algumas cenas que estavam repetidas, parecia que eu já tinha visto aquilo dentro do filme. Outro ponto que eu acho que seria interessante ser trabalhado são os personagens secundários, como a jornalista e o agente do FBI, pois mesmo que a história seja do Richard Jewell e que, em nenhum momento, o Clint Eastwood não queira ser imparcial na sua visão desse longa, ter mais espaço para os personagens seria bem importante para a história. E falando em imparcialidade, isso é uma características dos filmes do Clint Eastwood que eu não gosto, e que é o jeito dele, mas, que acaba sempre me incomodando, aqui ficaria pelo jeito que eles tratam os jornalistas, eu até acho que mostrar que as vezes os fatos são importantes, é interessante, mas o jeito que ele fez parecendo que os jornalistas só querem sempre prejudicar, incomoda, e o mesmo vale para o FBI, que são tratados como pessoas que querem apenas prejudicar os personagens do longa, uma outra visão seria muito importante. Uma coisa que eu sei que pode ter acontecido daquela forma, mas que deveriam ter mostrado melhor foi como aquele mistério foi resolvido, pois a forma que mostram parece que os agentes do FBI são muito burros, a ponto de uma jornalista e um advogado descobrirem as coisas facilmente, e isso não me agradou.

 

Dica: O filme é baseado em um artigo homônimo escrito por Marie Brenner para a revista “Vanity Fair”, então, minha dica é para você que viu o filme ver o artigo também, pois, mesmo que o longa tente passar tudo, ele vai deixar pontos de lado, por esse motivo a minha dica é para você ir atrás do artigo.

 

Curiosidades: Globo de Ouro 2020: indicado a Melhor Atriz Coadjuvante (Kathy Bates); Festival do Rio 2019: selecionado para a mostra Panorama do Cinema Mundial; National Board of Review 2019: premiado como Melhor Atriz Coadjuvante (Kathy Bates), Revelação (Paul Walter Hauser) e Top 10.

 

Conclusão: Eu achei um filme bem interessante, com uma história bem interessante, mas, para mim, o grande problema dele fica em volta das escolhas do roteiro, que faz com que ele não seja tudo o que pode ser, e que, me incomodaram bastante. Por esse motivo acredito que Richard Jewell seja uma história que merecia ser contada, mas que poderia ter sido bem melhor.

 

O Caso Richard Jewell – Nota:7,0

 

O Caso Richard Jewell – Trailer

O Caso Richard Jewell – Trilha sonora 

Link Perdido – Critica

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Por Guilherme Callegari

 

Link Perdido (2019-1h 35m-10 anos)

 

Sinopse: Sir Lionel Frost (Hugh Jackman) se considera o melhor investigador de mitos e monstros do mundo. O problema é que nenhum dos seus colegas o leva a sério. Sua última chance para ganhar seu respeito é provar a existência de um ancestral primitivo do homem, conhecido como o link perdido.

 

Pontos positivos: O primeiro ponto positivo do longa para mim vai para a ideia de se fazer o filme em stop motion, pois, é uma tática que já foi muito utilizada antigamente, depois ela sumiu e agora está reaparecendo em algumas animações. E eu entendo que eles fazem isso por ser algo difícil de fazer, mas o resultado como quando acontece aqui é incrível, a movimentação dos personagens ficou ótima, e é algo que tem que se destacar. Gosto do visual dos personagens, também, são bem chamativos, mas acredito que era assim que tinha que ser, e gosto também como o visual diz muito sobre cada um. Gosto também de como eles utilizam as cores nesse longa, são muitas cores, cores variadas, mas que chamam muito a atenção, no começo do filme o predomínio do cinza, no meio cores mais vibrantes, e no fim o predomínio da cor branca, e essa variação de cores ajudou muito a construir o visual do longa. Eu adorei o começo do filme, todo aquele prólogo onde o protagonista da história está atrás do monstro de uma lagoa é incrível, a ideia de começar o filme daquele jeito foi uma ótima ideia, principalmente, porque já passa bastante o que vai ser o espírito do longa. Uma coisa que vale destacar no filme é essa ideia de uma aventura, eu acredito que vendo, você sente esse clima de aventura, e isso é muito bom, pois acredito que a ideia inicial do filme era passar essa ideia. Gosto também como o filme cria possibilidades para uma continuação, pois eles mostram que existe um mundo vasto de criaturas, e com pequenos pontos eles conseguem abrir possibilidades de uma continuação e expansão do universo.

 

Pontos negativos: O primeiro ponto negativo do longa para mim vai para o vilão da história, na verdade os vilões, pois o filme tem mais de um vilão e nenhum funciona. Começando pelo que os persegue durante todo o longa, ele não foi bem construído, e é um personagem que não passa medo em momento nenhum, tanto que colocaram outro vilão final que, para mim, não funcionou tão bem, também, pois faltou ser mais explorado. Inclusive, algo que eu sinto nesse filme é que eles poderiam ter dado mais espaço para algumas coisas que faria muito bem para o filme, por exemplo, tem um organização no começo do filme, parece ser bem interessante, mas ela nunca é realmente explorada, e para mim isso é um desperdício, e isso acontece com algumas coisas durante o filme. Também não achei a trilha sonora do filme nada demais, ela não é ruim, mas não chama tanto a atenção, e para um filme que tem o senso de aventura, uma trilha sonora forte seria muito importante para construir isso, e olha que mesmo com uma trilha sem muito impacto a aventura funciona bem, imagina se a trilha fosse boa. Acho que poderiam ter trabalhado um pouco mais a mensagem final do filme, ela é interessante, faz sentido, mas a virada do personagem teria que ter sido construída de uma forma diferente, pois parece que ele mais fez o que ele tinha que fazer por uma obrigação, do que por ter aprendido algo.

 

Dica: Esse filme usa a técnica stop motion, que pela dificuldade de ser feita, não é usada frequentemente, mas tem uma animação que eu acho incrível e que é feita nesse estilo que é o Coraline. Então, se você gostou e quer ver mais filmes com essa técnica vá atrás de Coraline, e essa é sua sinopse, caso esteja interessado: Entediada em sua nova casa, Caroline Jones (Dakota Fanning) um dia encontra uma porta secreta. Através dela tem acesso a uma outra versão de sua própria vida, a qual aparentemente é bem parecida com a que leva. A diferença é que neste outro lado tudo parece ser melhor, inclusive as pessoas com quem convive. Caroline se empolga com a descoberta, mas logo descobre que há algo de errado quando seus pais alternativos tentam aprisioná-la neste novo mundo.

 

Curiosidade: A trama se passa no ano de 1886, como se pode perceber pela cena que mostra a Estátua da Liberdade atracando no porto de Nova Iorque. Orçamento: US$ 100 milhões. Bilheteria mundial: US$ 26,2 milhões. Mesmo cineasta indicado ao Oscar de Melhor Longa de Animação por ParaNorman (2012). Globo de Ouro 2020: premiado como Melhor Longa de Animação.

 

Conclusão: Não é o melhor filme do mundo, mas, mesmo assim, tecnicamente ele é incrível, e a história é uma aventura muito divertida de se acompanhar, e que traz uma mensagem que eu achei bem interessante. Por esse motivo eu recomendo que assistam Link Perdido, pois não irá se arrepender.

 

Link Perdido – Nota:7,5

 

Link Perdido -Trailer

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1917 – Critica

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Por Guilherme Callegari

 

1917 (2019-1h 59m-14 anos)

 

Sinopse: Os cabos Schofield (George MacKay) e Blake (Dean-Charles Chapman) são jovens soldados britânicos durante a Primeira Guerra Mundial. Quando eles são encarregados de uma missão aparentemente impossível, os dois precisam atravessar território inimigo, lutando contra o tempo, para entregar uma mensagem que pode salvar mais de 1300 colegas de batalhão.

 

Pontos positivos: O primeiro ponto positivo do filme não poderia ser outro que não a direção do Sam Mendes, o filme foi feito em dois grandes planos sequencias, ou seja durante todo o longa ele tem apenas um corte, e o resultado ficou simplesmente fantástico, transformou o que poderia ser só mais um filme de guerra em uma experiência única, e muito por causa da brilhante direção do Sam Mendes, ele aproveita que não tem cortes e coloca o expectador dentro da guerra, eles falam que são só dois soldados no filme, mas poderia ser três, pois você está lá, e os movimentos de câmera faz você o tempo todo pensar “como ele fez isso?”, pois poderia fazer o plano sequência e não ficar bom, mas não é isso que aconteceu aqui, é uma direção sensacional. Mas não é só graças a direção que isso foi tão bem-feito a fotografia também foi muito importante, pois, só é utilizado luz natural durante o longa e muitas cenas está no escuro usando só a luz do fogo, ou do sinalizador, e como eles fazem para isso funcionar tão bem é incrível, sem contar tudo que está acontecendo em volta dos personagens que a fotografia faz compor a tela, a fotografia desse filme ajuda muito na direção. Outra coisa que completa esses dois primeiros pontos, perfeitamente, é a trilha sonora, pois, já que não tem corte, os planos não conseguem tirar toda expressão que um corte ou uma cena faria e aí entra a trilha sonora, que completa essa falta de cortes, e a trilha, também, é outro destaque pois passa todo o sentimento necessário. Vale destacar a mixagem de som, também, que ajuda muito com o barulho de guerra ou de pequenos sons, a te colocar lá dentro. Mas não adianta ter tudo isso se a história não for boa, bem contada, e aqui eles acertam em cheio nesse ponto, também, a história por mais simples que seja é muito interessante, a premissa é muito interessante, e a história é muito bem contada, fazendo você querer saber como aquilo irá terminar. E para fechar com as atuações, os atores secundários como Richard Madden, Benedict Cumberbatch e Colin Firth aparecem muito pouco, mas estão bem no filme, mas o destaque vai para os atores Dean-Charles Chapman e, principalmente, o George MacKay que estão um espetáculo no longa, gostei muito da atuação deles.

 

Pontos negativos: O primeiro ponto negativo do filme, para mim, é em questão de um momento, onde o filme para mostrar um sequencia mais humana do personagem, não é uma sequência ruim, ela é bem-feita bem filmada, mostra um pouco de humanidade para o personagem, mas fiquei pensando se ela era realmente necessária ali, talvez se fosse cortada, não faria diferença. Tanto que essa cena quebra um pouco do ritmo do filme, sendo esse outro motivo talvez para cortá-la. E uma coisa que eu não tenho a solução, mas eu não me importo tanto com os personagens, sei que é difícil esse ponto, pois, por ser um plano sequência não poderia ter flash back, por exemplo, mas mesmo assim queria ter me importado mais com eles. Mas algo que eu posso falar é que esses pontos negativos não chegam a estragar a experiência.

 

Dica: Sam Mendes é um diretor incrível, e o que ele faz nesse filme é de tirar o chapéu e virar estudo em escolas de cinema. Mas esse não é o primeiro grande filme do diretor, ele tem outros longas, e quero recomendar dois que eu acredito que você deveria assistir para ver mais do Sam Mendes, que são: Beleza Americana e 007 – Operação Skyfall.

 

Curiosidade: Sam Mendes disse que o longa foi dedicado ao seu avô, Alfred H. Mendes, que lutou com os Aliados na Primeira Guerra Mundial. A inspiração veio das histórias contadas para os netos e também da biografia dele, publicada postumamente. O longa é feito com dois grandes longos sequencias, a ideia aqui é que durante todo o filme tenha apenas um corte, em 1h59 min de filme.

 

Conclusão: 1917 é facilmente um dos melhores filmes do ano, e todos os prêmios que ele já ganhou são muito merecidos, para mim, 1917 é mais que um filme ele é uma experiência, o que fizeram tecnicamente aqui é brilhante e que volta e meia durante o longa fazia eu pensar “é por isso que eu amo cinema” de tão incrível que ele é. Então, se tiver uma oportunidade veja o filme, tenho certeza que você não vai se arrepender e ainda vai ficar pensando “como eles conseguiram fazer isso”.

 

1917 – Nota:10

 

1917 – Trailer

1917 – Trilha sonora

Ford vs Ferrari – Critica

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Por Guilherme Callegari

 

Ford vs Ferrari (2019-2h 32m-14 anos)

 

Sinopse: Durante a década de 1960, a Ford resolve entrar no ramo das corridas automobilísticas de forma que a empresa ganhe o prestígio e o glamour da concorrente Ferrari, campeoníssima em várias corridas. Para tanto, contrata o ex-piloto Carroll Shelby (Matt Damon) para chefiar a empreitada. Por mais que tenha carta branca para montar sua equipe, incluindo o piloto e engenheiro Ken Miles (Christian Bale), Shelby enfrenta problemas com a diretoria da Ford, especialmente pela mentalidade mais voltada para os negócios e a imagem da empresa do que propriamente em relação ao aspecto esportivo.

 

Pontos positivos: Começar falando da direção do longa, a direção ficou por conta de James Mangold, que é um diretor que oscila muito em sua carreira, as vezes faz filmes muito bons, e as vezes faz alguns bem fracos, nesse ele oscilou dentro do filme, mas vamos começar falando do que ele acertou aqui. Eu adoro como James dirige as corridas, eu até parei para pensar se já tinha visto alguém fazer isso pois é um trabalho incrível, ele consegue te colocar lá dentro, deixando a corrida a mais dinâmica possível e eu gosto disso, gosto como ele consegue trabalhar isso. Outro ponto muito positivo do filme é a atuação do Christian Bale, falar o quanto Christian Bale é um bom ator é chover no molhado, e aqui ele prova isso mais uma vez, gosto que deram liberdade para o ator criar em cima do personagem, você sente que o ator deu mais movimentação para ele, o trabalho corporal ajuda muito. Eu admito que tenho um problema com os outros atores do filme sem ser o Christian Bale, eles não estão ruins, mas tem algo que me incomoda neles que falo melhor nos pontos negativos, aqui posso dizer que eles estão funcionais para a história. Como já dito acima a sequência onde tem corridas tem um bom entretimento, você vendo o filme consegue se divertir com essa sequência, e alguns deles criando os carros. A mixagem de som também é muito boa, consegue passar bem o barulho dos carros, das corridas, e ajuda na parte de te colocar dentro do que está acontecendo e para um longa de corrida isso é muito importante.

 

Pontos negativos: Já que comecei os pontos negativos falando que eu gostei da direção do James Mangold, agora vou falar o que me incomodou, começar com um problema grave que seria como ele quer tirar as expressões dos atores em vários momentos, seja na corrida, seja em diálogos mais fortes, acho que ele fez com que os atores exagerassem muito nesse ponto e fica mal feito e isso está durante todo o longa e tem cenas que dão vergonha alheia. Também não gosto como ele dirige algumas cenas de diálogos simples, ele sempre leva para um lado épico que não precisava, ele deveria ser mais sutil nesse ponto, ajudaria, inclusive, a fazer quem está vendo o filme se ligar mais a eles. Outro problema do longa, é que ele é arrastado, duas horas e meia de um longa que não precisava desse tempo, e o pior é que tem muita cena que você assistindo o filme pensa “essa cena poderia ter sido cortada, ela não faz diferença para o filme”. Como eu falei acima eu acho que todos os atores, de modo geral, estão funcionais, mas esse longa não poderia ser assim, os atores precisavam ser mais relevantes para você ligar para a equipe e você não liga para nenhum deles, tanto que acabou o filme e eu não lembrava o nome de nenhum e isso vale, principalmente, para o Matt Damon faz o que era necessário pra o personagem, mas precisava ser mais. Eu acredito que o filme encerra no momento errado, tem quinze minutos de filme que eu cortaria, fácil, do longa, e mostraria tudo que aconteceu nesses quinze minutos em um letreiro final. O filme tem alguns sub plots e não gostei muito, não por ser ruim, mas pela ideia ser mal executada. O filme tem dois “vilões”, e os dois são péssimos por motivos diferentes, a Ferrari por não ter vida, não ser presente no longa, e um empresário por ser muito exagerado.

 

Dica: Eu não vejo tantos filmes bons em questão de corridas, por esse motivo vou recomendar um filme incrível, sobre esse esporte que seria Rush – No Limite da Emoção, e se interessou essa é sua sinopse: Anos 1970. O mundo sexy e glamouroso da Fórmula 1 é mobilizado principalmente pela rivalidade existente entre os pilotos Niki Lauda (Daniel Brühl) e James Hunt (Chris Hemsworth). Eles possuíam características bem distintas: enquanto Lauda era metódico e brilhante, Hunt adotava um estilo mais despojado, típico de um playboy. A disputa entre os dois chegou ao seu auge em 1976, quando ambos correram vários riscos dentro do cockpit para que pudessem se sagrar campeão mundial de Fórmula 1.

 

Curiosidade; Baseado na clássica batalha pela vitória de 66 em Le Mans. O filme chega a mencionar que a Ferrari era a grande vendedora do momento, mas por forma de curiosidade na época a Ferrari tinha uma sequência de seis vitórias consecutivas, 60, 61, 62, 63, 64 e 65. O longa está concorrendo a melhor filme do ano no Oscar.

 

Conclusão: Eu acredito que com o elenco e com o dinheiro que eles tinham em mãos, poderia ter saído algo bem melhor. Mas não é por ter falado tudo isso que eu achei o filme horrível, eu achei ele ruim, principalmente, por tudo que o permeia, mas não acho uma catástrofe, inclusive acho que se você gosta muito de corrida, provavelmente, vai se divertir vendo o longa, mas ele não funcionou para mim, senti que não foram duas horas e meia bem utilizadas.

 

Ford vs Ferrari – Nota: 5,0

 

Ford vs Ferrari – Trailer

Ford vs Ferrari – Trilha sonora

 

Harriet – Critica

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Por Guilherme Callegari

 

Harriet (2019-2h 5m-13 anos)

 

Sinopse: A história de Harriet Tubman, ativista política que, durante a Guerra Civil americana, ajudou centenas de escravos a fugirem do sul dos Estados Unidos, logo depois que ela mesma tivesse conseguido escapar da escravidão, no ano de 1849. Suas ações contribuíram fortemente para que a história tomasse um novo direcionamento.

 

Pontos positivos: O primeiro ponto positivo do longa vai para a premissa do filme, não a premissa da história, mas sim, a ideia de se contar a historia dessa mulher que foi tão importante para a história dos Estados Unidos e que muita gente não conhece. Quando você faz um filme sobre um evento histórico, ele acaba eternizado, e essa é uma história que merecia ser contada, se ela foi bem-feita, se conseguiram contá-la da forma que deveria ser feita, é outa coisa, mas pelo menos a inciativa de contar eles tiveram. Eu gosto do começo do longa, até a parte que a Harriet está na casa do seu dono, eles apresentam bem os personagens, mostram o principal motivo de acontecer tudo aquilo e é um bom começo, que dura uns dez minutos, mas que até funciona bem. Eu não acho que as atuações do filme estejam brilhantes, mas todas funcionam bem durante o longa, se pudesse destacar alguém seria a que faz a Harriet Tubman, ela consegue tanto passar o medo, no começo do filme, do que não conhece, como, ao longo do filme, você vê uma evolução e sente que ela tem mais confiança em si mesma, então, nesse ponto eu gostei da atuação, acho que poderia ser melhor em alguns pontos, mas mesmo assim funciona. A trilha sonora do longa também me agrada, ela funciona bem durante todo o longa, e gosto dos momentos onde a parte musical é cantada, foi uma boa ideia colocarem esses momentos no filme.

 

Pontos negativos: O primeiro problema é que ele é um filme que fala tudo que aconteceu na vida da Harriet, mas não explora nada, por exemplo, tem todo um núcleo que fala sobre a religião dela e de sua família, mas isso é simplesmente esquecido no filme, outro ponto é a guerra civil, um marco importante que eles também não exploram, o filme é um gigantesco copia e cola do resumo da vida dessa importante personagem, isso é muito ruim e acaba gerando outros problemas. Por exemplo, os personagens que permeiam a Harriet parecem ser interessantes, parecem ter muita coisa para contar, mas como o filme é um grande resumo, acaba tendo vários personagens sem vida na história, sem importância, que se fosse qualquer um, não faria diferença. Outro problema que gera no longa é que ele não consegue passar o porquê a Harriet é tão influente, algo que é importante para você entender a força dessa mulher e que não está no longa, e era necessário que estivesse. A direção do longa não chega a ser ruim, mas ela é muito pouco inventiva, eles pegam tudo que já foi feito em filmes com temáticas parecidas e tentam de certa forma emular dentro do longa e, para mim, isso é covarde, poderiam tentar algo diferente, poderiam tentar algo novo e não fizeram. O filme também é arrastado, muito pela falta de envolvimento de quem está assistindo, tem com a história, e não por ela não ser interessante, mas por não saber conduzi-la, e aí ela não tem o impacto que poderia.

 

Dica: Harriet é muito importante na história, mas ela não é muito conhecida, aqui no Brasil, tanto que não aprendemos sobre ela na escola, ou é mencionada normalmente, mas ela tem uma grande importância por tudo que fez. Por isso minha dica é que você vá atrás da sua história, depois de ver o filme, para saber o que realmente aconteceu e ver tudo que o longa deixou de fora.

 

Curiosidade: Para mostrar a importância de Harriet para a história dos Estados Unidos, o secretário do Tesouro Americano, Jack Lew, anunciou planos para substituir a ilustração do ex-presidente dos Estados Unidos Andrew Jackson, que hoje adorna a nota de US$ 20, pela da ex-escrava Harriet Tubman.

 

Conclusão: Eu acho incrível que finalmente estão fazendo filme sobre a Harriet, pois é uma história muito importante e que todos deveriam conhecer, mas isso não vai fazer o longa ser bom ou ruim e, infelizmente, o filme não é bom, ele até conseguiu indicações a algumas categorias do Oscar, mas não gostei dele, achei que foi um filme muito superficial, em tudo, e a atuações apesar de boas não são incríveis como poderiam ser. Então, eu até recomendo que vá atrás da história dela, mas não use esse longa como base para tudo que ela fez.

 

Harriet – Nota: 4,5

 

Harriet – Trailer

Harriet – Trilha sonora

 

O Escândalo – Critica

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Por Guilherme Callegari

 

O Escândalo (2019-1h 49m-14 anos)

 

Sinopse: Um gigante do telejornalismo e antigo CEO da Fox News, Roger Ailes (John Lithgow) tem seu poder questionado e sua carreira derrubada quando um grupo de mulheres o acusam de assédio sexual no ambiente de trabalho.

 

Pontos positivos: O primeiro ponto positivo do longa para mim vai para as atuações do filme, tanto da Charlize Theron, Margot Robbie e Nicole Kidman, as três estão incríveis no filme e conseguem te mostrar perfeitamente, através da atuação, três visões diferentes do mesmo assunto. A Charlize Theron passa o ar de ser a mais experiente e mais respeitada dentro da empresa, e você sente isso no olhar dela, Margot Robbie passa a ideia de todas as mulheres assediadas, ela passa no sorriso a ideia de ser alguém jovem e nova que tem sonhos na empresa e sofre com o caso e a Nicole Kidman que seria a que foi descartada da empresa, mas que já planejava ir contra ela desde o começo. Vale destacar a atuação do John Lithgow que faz um trabalho incrível aqui, o personagem consegue fazer você ficar incomodado no cinema, e essa é a intenção. Queria destacar também a maquiagem do filme, não sou especialista da área, mas quando você vê as atrizes e, principalmente, a Charlize Theron e vê sua versão real é de assustar, então, queria destacar isso. Gosto de como o filme é dinâmico, ele tem uma hora e cinquenta, mas em momento nenhum você se sente cansado, e isso muito por acontecer muita coisa em tela e a história fluir bem, dessa forma acaba que a dinâmica do filme funciona. Gosto das discussões que esse filme traz, é algo muito relevante, o assédio é um assunto que precisa ser falado e mesmo sendo um caso que aconteceu tão recentemente, acho que precisava ter um filme sobre isso, ainda mais considerando que é a FOX. E não só a discussão, como a mensagem de não ficar em silêncio, de incentivar a denúncia, é algo que também é relevante. A direção do longa varia muito para mim, então começar falando das coisas boas, gosto como ele consegue construir as cenas para incomodar, eu acho que as cenas não tinham que ser sutis, e eles fazem para incomodar, e isso é o que longa precisava, sem contar algumas cenas que mostram como funcionava os bastidores da emissora, nesses momentos a direção vai muito bem.

 

Pontos negativos: Já que terminei os pontos positivo, falando do que a direção do longa tem de positivo, agora vou começar falando o que eu achei ruim, pois, sinceramente, a direção desse filme tem alguns problemas que me incomodam, começando por algumas escolhas de zoom no rosto das atrizes, acho que não precisava mostrar isso para mostrar o que as personagens sentiam, nesse momento poderia ser mais sutil, acho que se tem momentos que o filme acerta em não ser sutil, outros falta sutileza e isso faz mal para o filme. Outro problema do longa é a personagem da Margot Robbie, a atriz está fantástica no longa, mas não tem como não falar que eu achei a personagem dela mal utilizada, ela é uma das personagens do filme que são inventadas, ela representaria várias mulheres que sofreram com o caso, mas acho que jogam a personagem muito de lado depois do começo do longa, ela não tem muito o que fazer, e, por boa parte do segundo ato, ela fica sumida, acredito que deveriam ter trabalhado melhor ela. Algo que não me agradou no filme, foi como ele fez aquele assunto ficar preso apenas na FOX, eu sei que os acontecimentos do longa se passam na emissora, mas isso não quer dizer que só lá que isso aconteceu, acho que eles deveriam ter saído dali e mostrar que em todo lugar acontece. Uma coisa que senti um pouco de falta no filme foi de uma trilha mais forte, os únicos dois momentos que eu senti a trilha, foi em uma cena envolvendo um assedio e em uma cena onde não tem som, de resto acredito que deveriam ter feito algo mais forte. Acho que em certos momentos o filme é muito expositivo, para tentar passar uma mensagem, acho que isso não é necessário, acho, inclusive, que do jeito que fizeram é dizer que o público não entenderia, e isso não me agrada.

 

Dica: Esse filme foi baseado em fatos reais, e acredito que apesar do longa fazer o possível para mostrar o que aconteceu não era possível que isso fosse feito, dessa forma minha dica seria despois de ver o longa, procurar mais sobre o caso, para saber o que realmente aconteceu, e até saber mais da história, de outras pessoas que estavam envolvidos no filme.

 

Curiosidades: A produtora Annapurna Pictures, fundada por Megan Ellison, era a responsável por financiar e produzir o filme. Porém, duas semanas antes das filmagens começarem, a produtora desistiu do projeto. Não se sabe oficialmente o motivo, mas fontes afirmam que o crescente orçamento do filme pode ter sido a razão.

 

Conclusão: O Escândalo é um filme cheio de problemas, e problemas que não tem como deixar passar, pois eles incomodam, mas, mesmo assim, está longe de ser um filme ruim. Tem ótimas atuações de Charlize Theron, Margot Robbie e Nicole Kidman, é uma história interessante e, principalmente, o assunto que é colocado aqui é relevante e precisa ser discutido. Então, dê uma chance para o longa que acredito que vale a pena.

 

O Escândalo – Nota:7,5

 

O Escândalo – Trailer

O Escândalo – Trilha sonora