Por Guilherme Callegari
Judy: Muito Além do Arco-Íris (2019-1h 58m-12 Anos)
Sinopse: Inverno de 1968. Com a carreira em baixa, Judy Garland (Renée Zellweger) aceita estrelar uma turnê em Londres, por mais que tal trabalho a mantenha afastada dos filhos menores. Ao chegar ela enfrenta a solidão e os conhecidos problemas com álcool e remédios, compensando o que deu errado em sua vida pessoal com a dedicação no palco.
Pontos positivos: O primeiro ponto positivo do longa para mim vai para a atriz, ela está sensacional no longa, fazia tempo que eu não via uma atuação dela, e fico feliz de saber que ela conseguiu voltar a fazer filmes grandes, com peso e com tanto destaque. Aqui ela consegue nos entregar uma protagonista que sofre com a vida e com os rumos que elas tomaram, e você sente na forma de se mover, nas expressões faciais como consegue passar muito bem tudo que a personagem precisava. Depois da carreira de atriz, Judy, virou cantora, e é nesse período onde o filme se passa, nesse fim de carreira na música, e começar falando das músicas. Me agradou muito as músicas desse filme, como elas falavam muito o que a personagem passava naquele momento, seja tristeza, seja solidão, seja até alegria, mas eram músicas que falavam o que a personagem sentia, e eu gostei das letras e são muito bem cantadas. Gosto como o filme encerrou, primeiro pela música que escolheram, ela fechou o longa da forma que ele tinha que ser fechado, e com uma letra tão simbólica e que representa tanto da vida da Judy, eu sei que não teve esse momento na vida real, foi mais uma licença poética do roteirista, mas mesmo assim foi uma boa licença poética. Gosto das cenas da Judy criança, quando ela começou a sua carreira de atriz, são boas cenas, onde ela serve para pontuar várias coisas, tem algo que me incomoda nisso, mas, pelo menos mostraram ela criança algo que era fundamental.
Pontos negativos: Já que acabei falando das cenas dela criança, vou começar falando disso já nos pontos negativos, pois, para mim, esse é o principal problema do longa, todo a parte da infância dela que mostra o abuso que ela sofreu no set de filmagem, os remédios que ela tinha que tomar quando era criança, tudo isso é muito mais interessante do que a história mostrada, dela já decante. E com isso temos uma ótima história servindo apenas de pontuação para o roteiro, e uma história que não é tão interessante, sendo a principal, isso me incomoda muito. Inclusive falando em história principal, não que ela seja ruim, mas os roteiristas, o diretor ao invés de tentar trazer algo novo, mostrar de uma forma mais real como tudo aconteceu, eles caem em todos os clichês possíveis e isso acaba ficando ruim para o filme, pois tem apelação em cena, apelação até na forma que o diretor resolve mostrar as cenas para tentar tirar lagrimas. Inclusive, acho que o diretor poderia ser mais criativo na hora dos shows da Judy, tentar mostrar mais do porque as pessoas gostam tanto de ver o show dela, pois parece que ela é incrível, mas quando vemos os shows não tem nada demais, e com uma direção melhor, poderíamos ver mais dessa habilidade que ela tinha em cima do palco. Tem um personagem secundário que me incomoda muito que é o produtor de “O Mágico de OZ”, muito exagerado, poderia ser mais sutil e não é só ele, ele é o que mais incomoda, mas tem mais alguns personagens que seguem esse caminho.
Dica: Eu recomendo que antes de ver o longa você vá atrás da história da atriz Judy Garland, e quando falo história não falo para apenas ver os filmes que ela fez, falo para ir atrás da sua biografia, pois o filme não conta sua história, então, se você não tiver um conhecimento prévio pode ser que o filme acabe te frustrando.
Curiosidades: Nascida Frances Ethel Gumm em 10 de junho de 1922, em Grand Rapids, Minnesota, Judy Garland era a filha mais nova de Francis Avent “Frank” Gumm (20 de março de 1886 – 17 de novembro de 1935) e Ethel Marion Milne (17 de novembro de 1893 – 5 de janeiro de 1953). Judy Garland fez filmes como: O Mágico de Oz, Agora Seremos Felizes, Nasce uma Estrela.
Conclusão: Esse filme não funcionou para mim, não que ele seja um filme horrível, que não dê para assistir, mas, assim que terminou o longa, eu tive a certeza que o que foi contado ali vai dividir o público em duas alas, as que conhecem a carreira da atriz e com isso vão acabar se identificando com a história, e os que não conhecem e vão acabar achando só mais um drama de uma atriz em fim de carreira. Eu não conheço a história da atriz, com todos os detalhes, e para mim acabou sendo uma experiência uma pouco frustrante.
Judy: Muito Além do Arco-Íris – Nota: 5,5
Judy: Muito Além do Arco-Íris – Trailer
Judy: Muito Além do Arco-Íris – Trilha sonora